quarta-feira, 2 de abril de 2008

Vampiros a solta

Bem, galera, o blog está com algumas novidades, logo novo, novo slideshow. A biblioteca continua firme e convido a todos a visitá-la. E muito obrigado! Já passou das 500 visitas. Deixando de lado o marketing, vamos a luta. O post desta vez é misto... um pouco de quadrinhos, um pouco de cinema... igual a pizza. Assisti ao filme 30 days of night semana passada, gostei bastante, mas achei que tinha alguma coisa diferente dos quadrinhos e então peguei a graphic novel para reler e estava certo...
Bem vindo a Barrow, o lugar mais ao norte do planeta, pequena cidade onde durante um mês do ano não há sol. Steve Niles e Ben Templesmith levam o terror ao Alasca. Durante os 30 dias sem sol, um grupo de vampiros resolve transformar Barrow em seu fast food particular. O ataque é bem planejado, os vampiros chegam em silêncio cortando as rotas de fuga e todo o tipo de comunicação com o resto do mundo. A horda pega todos os moradores de surpresa.
Muito menos badalada que a versão cinematográfica, a história em quadrinhos 30 dia de noite é simplesmente sensacional. Steve Niles apresenta personagens bem estruturados e um roteiro amarrado, onde os sobreviventes da primeira onda de ataque tentam sobreviver aos dentuços escondidos na velha fornalha da cidade.
A ajuda vem de forma inesperada, quando o grupo inicial de vampiros é confrontados por outros vampiros que não concordam com a invasão. O autor mostra os vampiros divididos, um grupo prefere agir nas sombras enquanto o grupo de Barrow se mostra ao mundo o que pode causar problemas a todos os vampiros no futuro.
Alem da briga entre os dois grupos, um misterioso personagem tem a intenção de expor todos os vampiros, fazendo vídeos e distribuindo-os pela internet. Este personagem tem uma importância maior no segundo livro, quando aparece uma organização que sabe da existência dos vampiros.
Os sobreviventes de Barrow depositam toda a sua fé no casal de policiais Eben e Stella Oleuman. Sob a liderança dos dois, o restante da cidade inicia uma guerrilha contras os vampiros, o nos leva um final inusitado para esta história.
Os desenhos de Ben Templesmith lembra Bill Sienkiewicz em Elektra: assassina, a arte é “suja” mas expressiva, com muitas surpresas escondidas pelos quadros. Perfeita para o clima claustrofóbico da história. (para os curiosos tem mais trabalho dele no site oficial: http://www.templesmith.com). Bill, inclusive, trabalha com Steve Niles em outra história da série.
Steve Niles e Ben Templesmith são parceiros habituais, os dois já trabalharam juntos em outros livros da série, como Dias sombrios, e Outros 30 dias noite – Retorno a Barrow, este universo criado pela dupla é imenso chegando até Rússia, pouco coisa saiu aqui no Brasil, o que é uma pena... O que tem publicado aqui vale a leitura.

Agora um pouco sobre o filme, Steve Niles participou do roteiro, o filme é dirigido por David Slade, do elogiado Meninamá.com, e conta Josh Hartnet e Melissa George nos papeis do casal policial, a produção é Sam Raimi, diretor dos três filmes do Homem Aranha e de Evil Dead.
Enquanto no filme, Eben e Stella estão separados (apenas um acidente a mantêm na cidade antes do começo dos 30 dias de noite) na graphic novel, os dois estão juntos. Os sobreviventes se escondem em um sótão e não da fornalha, e há somente um grupo de vampiros, o que na minha opinião é a diferença mais marcante. O confronto é um dos pontos altos da HQ e com isto o filme perde muitos pontos. De qualque maneira é um bom filme de horror, com sangue e com tudo que tem direito. Quem tiver a oportunidade de assistir não deve desperdiçar. Aí embaixo está o trailer.

Um comentário:

Remo Saraiva disse...

Bom post!!

Abs,
Rômulo.