segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A hora certa de abandonar o barco

Ultimamente eu tenho vindo ao Beco só para falar bem e elogiar livros, filmes e séries. Pode parecer que eu gosto de tudo, mas não é bem assim, prefiro elogiar e animar os outros a ficar criticando, mas desta vez, não dá para deixar passar.
Quem me conhece sabe que sou um cara insistente, pode demorar mas eu vou até o fim, principalmente com livros.
Lembro de poucos livros que abandonei pelo caminho, um deles, Keraban, o cabeçudo, de Jules Verne, eu larguei duas vezes (para vocês verem como sou insistente), recentemente chutei um chamado Feed – Conexão Total, ficção científica ruinzinha que dói... A demora do post se deve principalmente por causa da insistência citada acima, eu tentei levar a leitura de um livro até o fim.
Dizem que é direito do leitor abandonar qualquer livro, a qualquer hora se não estiver lhe satisfazendo. Eu concordo em gênero, número e grau. Normalmente dou um prazo para o livro me pegar, umas 30 páginas, um assassinato, um seqüestro, um mistério que tenho que chegar ao fim para resolver, as vezes, até aturo um miolo chato para ver se o culpado é mesmo o mordomo. Agora quando eu leio, leio e nada acontece tem que ter muita paciência...
Neste caso, comecei cheio de esperança de encontrar um bom livro. Há pouco tempo tinha acabado de ler A Dália Negra (excelente livro, não consegui terminar de ver o filme, mas estava gostando muito também), um policial de James Ellroy, autor também de L.A., cidade proibida (ótimo filme, não li o livro). Com este pedigree, eu realmente esperava muito de 6 mil em espécie, mas dei com os burros n’água...
A trama é uma confusão só: Ellroy coloca Wayne Teadrow Junior em Dallas no dia do assassinato do presidente Kennedy com a missão de apagar um cafetão, mas as coisas não saem como o planejado, principalmente por causa da morte de JFK, e quando menos espera Wayne se vê envolvido em uma enorme conspiração com mafiosos, traficantes, mórmons, cubanos, Howard Hughes, Ku klux klan... parece uma zona, e é.
Cheguei a metade do livro antes de largar e a salada de personagens é tão grande que até agora não descobri quem está do lado de quem, mas o grande problema, para mim, é o estilo do autor. O livro é escrito como uma apresentação de powerpoint: Wayne chegou ao motel. Wayne abriu a porta do quarto. Wayne entrou no quarto. Talvez este estilo agrade aos outros, mas comigo não fez muito sucesso, levei a leitura o máximo possível mas a prateleira de novas leituras só ia aumentando, e quando achei uma edição de Crônicas marcianas de Ray Bradbury, que há tempos eu procurava, vi que era a hora de voltar com James Ellroy para a prateleira. Como diria o governador: Hasta la vista, baby...

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Aproveitando o post, algumas informações rápidas sobre velhos crimes, Zombie strippers teve data de lançamento confirmada no Brasil: 22 de outubro. Airman de Eoin Colfer vai mesmo virar filme. E Guillermo Del Toro não vai mais dirigir a nova versão de Tarzan, uma pena.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Acho que não estamos mais no Kansas, Totó!

Para quem costuma receber o Beco por email já teve ter percebido que têm algumas novidades estruturais na área, agora o seu Gênio do Crime preferido tem um email próprio: becodocrime@terra.com.br, e aí, a direita, tem um espaço para quem está chegando agora se cadastrar e receber o seu próprio delito, os cúmplices da casa também podem deixar sua opinião e pedidos. Mas chega de auto-promoção e vamos ao que interessa, o post da semana é sobre uma estrada de tijolos dourados e sapatos de rubi.
O clássico O mágico de Oz, de L. Frank Baum, já teve inúmeras adaptações para o cinema e TV, até mesmo Renato Aragão já aprontou das suas no sertão com o Mágico de Oróz. A versão mais conhecida é aquela com os sapatinhos de rubi e Judy Garland no papel de Dorothy de 1939. Esta versão é considerada o filme mais assistido da história e a música “over the rainbow” foi eleita a melhor canção para filme de todos os tempo. Mas não é sobre esta versão que queria falar. O sci-fi channel lançou em 2007 uma nova visão do clássico, a minisérie Tin Man. Mesclando elementos clássicos e atuais, o canal conseguiu criar um excelente entretenimento. A mini se divide em três partes, mas já está nas locadoras a versão em DVD, já que ninguém se coçou para lançar isto na TV. É um pouco longa, com mais de 3 horas mas vale a pena!
As produções do Sci-Fi normalmente são muito bem cuidadas, com excelente efeitos especiais e Tin Man não foge a regra, com um visual arrebatador, a série foi um sucesso de crítica com inúmeras indicações ao Emmy na sua categoria.
E chega de blá, blá, vamos ao que interessa, a série mostra Dorothy Gale (Zoey Deschanel, a irmã de Emily que interpreta Temperance Brennan, na série Bones, mas isto é outra história), mais conhecida como DG com uma jovem aborrecida trabalhando como garçonete em buraco de beira de estrada no Kansas. Sua vida toma um novo rumo quando um tornado a leva de volta para a Outer Zone (OZ), como no original, uma feiticeira domina o local, a maléfica e bela Azkadellia (Kathleen Robertson) e cabe a DG libertar a terra. Nesta jornada, a jovem encontra os atualizados da obra de Baum, o espantalho sem cérebro é um meio andróide chamado Glitch (Alan Cumming, o noturno de X-men) que teve parte de sua memória apagada. O leão covarde é uma fera com poderes psíquicos chamado Raw (Raul Trujillo), com um esquisito misto de trapos e pelos. E a maior de todas as mudanças o Homem de lata (Tin Man), é um cowboy, Wyat Cain (Neal McDonough), ex-policial que é chamado de Tin man, por causa de sua insígnia. Juntos, este estranho grupo parte em busca do poderoso Mistic Man (Richard Dreyfuss), a versão do mago, o único que pode ajudá-los a vencer a feiticeira.













Neste longo caminho, DG vai descobrindo que o seu passado está mais unido com o de Askadellia do que ela imaginava. E que vai precisar de muito mais do que simples coragem para conseguir libertar OZ. E ainda encontra várias adaptações de personagens do filme de Judy Garland, (que é homenageada em um dado momento da série), o próprio Totó virou um transmorfo que ajuda o grupo de DG, os munchkins viraram os mobat, uma mistura de macacos com morcegos e a estrada de tijolos de ouro também está lá.
Como já disse, a série bem legal e para que gosta de ficção científica, imperdível. Não vou contar o fim, porque não é praxe aqui no Beco. Mas deixo aí o trailer, e o link para o site oficial: http://www.scifi.com/tinman/

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mais evidências...

Semana passada foi complicada... O Beco terminou ficando um pouco abandonado e não deu tempo de postar nada. Vou continuar a série de posters, mas para compensar o atraso vou exagerar um pouco.





























Temos alguns do Hitchcok, vários do 007, e em tempos de mulher melância, mulher jaca e outras frutas, nada como Audrey Hepburn e Rita Hayworth para mostrar do que são feitas as mulheres.
























Espero que todos tenham gostado destes achados. E aproveito para destacar três posters neste post (ficou meio estranho, ou é só impressão minha?) Vertigo, Os pássaros e 007 Goldfinger. No próximo post, ainda tenho algumas surpresas nesta área.