Bom, galera, já é hora de dar um tempo nos trashs. Desta vez vou falar um pouco de livros. Acabei de ler o livro Mulheres demais, de Rex Stout. Mas antes que alguém possa pensar besteira, eu aviso logo que o livro é um policial e dos bons.
Rex Stout é um escritor americano com uma carreira singular. Menino-prodígio em matemática, Rex freqüentou a Universidade do Kansas, mas logo abandonou os estudos para se alistar na marinha, em 1927, mudou-se para Paris e se tornou escritor, com uma obra traduzida para 22 idiomas, morreu rico e feliz (particularmente, eu acho que se o cara morre, ele não pode estar feliz...) em uma villa a beira do mediterrâneo. Sua maior criação é o detetive Nero Wolfe.
Nero Wolfe é gordo, pesa em torno de 130 kg, nunca deixa a sua casa seja para negócios ou prazer. Vive em Nova York, onde a maioria dos seus casos acontece. Mora com um cozinheiro e um escudeiro, bebedor de cerveja, passa grande parte do seu tempo entre os prazeres de uma boa mesa e uma estufa onde cultiva orquídeas. Wolfe é a antítese do detetive que costumamos encontrar na literatura, toda a ação é realizada e narrada pelo seu escudeiro, Archie Goodwin, que segundo palavras do próprio é “o coração, fígado, pulmão e estômago da atividade detetivesca de Nero Wolfe” – que entra apenas com o cérebro. Neste arranjo peculiar, Archie é responsável por coletar informações, procurar provas, fazer o contato com os clientes enquanto Nero Wolfe permanece em casa, “apenas” juntando as peças do quebra-cabeça e ocasionalmente passando ordens a Archie ou algum outro de seus colaboradores. Ao contrario das outras duplas de detetives, onde o ajudante quase sempre idolatra o chefe, Archie, apesar do respeito pelo gordo detetive, nem sempre concorda com as atitudes do seu patrão. Ele acha que muitas das decisões de Wolfe são deturpadas pelo seu comportamento anti-social. E funciona como um contraponto emocional a toda a racionalização de Wolfe. O detetive tem uma particular aversão por mulheres, para o gordo, as damas são sinônimo de encrencas, aborrecimentos e pistas falsas.
Este livro, para quem gosta de policiais, merece uma leitura. Quem gosta de uma boa trama e personagens cativantes deve travar amizade com Nero Wolfe e sua equipe, não tem como se arrepender.
Algumas curiosidades, as histórias de Nero Wolfe já foram transportadas paras as telas em dois momentos: Meet Nero Wolfe e The League of Frightened Men. Além de mais recentemente ter virado uma série de TV com Maury Chaykin e Timothy Hutton nos papéis de Nero Wolfe e Archie Goodwin. E a mais legal de todas, John Lescroart, autor de inúmeros thrillers legais, em duas das suas obras (Son of Holmes (1986) and Rasputin's Revenge (1987)) sugere que Nero Wolfe seria filho de ninguém menos que Sherlock Holmes... isto explicaria as suas incríveis habilidades dedutivas. Hipótese apoiada por outros autores como William S. Baring-Gould e Philip Jose Farmer.
Na verdade, Rex Stout nunca fez nenhum tipo de referência a este parentesco, mas para quem conhece as histórias de Sherlock Holmes e de Nero Wolfe esta a hipótese é bem viável...
Nero Wolfe é gordo, pesa em torno de 130 kg, nunca deixa a sua casa seja para negócios ou prazer. Vive em Nova York, onde a maioria dos seus casos acontece. Mora com um cozinheiro e um escudeiro, bebedor de cerveja, passa grande parte do seu tempo entre os prazeres de uma boa mesa e uma estufa onde cultiva orquídeas. Wolfe é a antítese do detetive que costumamos encontrar na literatura, toda a ação é realizada e narrada pelo seu escudeiro, Archie Goodwin, que segundo palavras do próprio é “o coração, fígado, pulmão e estômago da atividade detetivesca de Nero Wolfe” – que entra apenas com o cérebro. Neste arranjo peculiar, Archie é responsável por coletar informações, procurar provas, fazer o contato com os clientes enquanto Nero Wolfe permanece em casa, “apenas” juntando as peças do quebra-cabeça e ocasionalmente passando ordens a Archie ou algum outro de seus colaboradores. Ao contrario das outras duplas de detetives, onde o ajudante quase sempre idolatra o chefe, Archie, apesar do respeito pelo gordo detetive, nem sempre concorda com as atitudes do seu patrão. Ele acha que muitas das decisões de Wolfe são deturpadas pelo seu comportamento anti-social. E funciona como um contraponto emocional a toda a racionalização de Wolfe. O detetive tem uma particular aversão por mulheres, para o gordo, as damas são sinônimo de encrencas, aborrecimentos e pistas falsas.
Neste livro, Wolfe e Archie se vêem as voltas com uma morte que pode ter sido ou não um assassinato ocorrido há mais de seis meses. Contratados pela empresa onde trabalhava o morto para descobrir se realmente ocorreu um crime, a dupla se envolve com mulheres fatais, mentirosos ciumentos, maridos traídos, funcionários insatisfeitos... E para grande desgosto do detetive, a maioria dos funcionários da empresa e dos suspeitos são do sexo feminino, fato que por sua vez, não abala nem um pouco Archie... Com uma total ausência de provas, mas os mais variados motivos para um crime, pela primeira vez, Nero Wolfe cogita ter encontrado alguém mais esperto que ele, até que um segundo assassinato muda o rumo da história.
Este já é o terceiro livro de Nero Wolfe que leio, e novamente, fui surpreendido pela trama. Diferente dos autores atuais como Joseph Finder, Brad Meltzer, David Baldacci e outros, Rex Stout não se apóia em uma correria frenética e reviravoltas muitas vezes absurdas.Este livro, para quem gosta de policiais, merece uma leitura. Quem gosta de uma boa trama e personagens cativantes deve travar amizade com Nero Wolfe e sua equipe, não tem como se arrepender.
Algumas curiosidades, as histórias de Nero Wolfe já foram transportadas paras as telas em dois momentos: Meet Nero Wolfe e The League of Frightened Men. Além de mais recentemente ter virado uma série de TV com Maury Chaykin e Timothy Hutton nos papéis de Nero Wolfe e Archie Goodwin. E a mais legal de todas, John Lescroart, autor de inúmeros thrillers legais, em duas das suas obras (Son of Holmes (1986) and Rasputin's Revenge (1987)) sugere que Nero Wolfe seria filho de ninguém menos que Sherlock Holmes... isto explicaria as suas incríveis habilidades dedutivas. Hipótese apoiada por outros autores como William S. Baring-Gould e Philip Jose Farmer.
Na verdade, Rex Stout nunca fez nenhum tipo de referência a este parentesco, mas para quem conhece as histórias de Sherlock Holmes e de Nero Wolfe esta a hipótese é bem viável...
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