sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Na mosca!

É, galera, sem desculpas e direto ao que interessa! O resto da vida pode passar um tempo sem mim (mas não muito... tem gente que fica nervosa quando eu sumo...). Já estava mais que na hora de vir no Beco, espantar as aranhas, varrer os ratos e mostrar que tem gente viva por aqui. Então, sem mais blá, blá, blá, delito na área.
A literatura de modo geral é pródiga de heróis solitários, desde os clássicos do noir, com Sam Spade e Lew Archer, aos homens de ação modernos, como Jack Ryan, Sean Dillon, Scot Harvat ou Robert Langdon. Em comum, todos estes personagens são portos seguros para seus criadores, vendas certas e aparecem em vários livros, tem potencial para cinema, vide Jason Bourne. e vai se criando uma mitologia em torno deles. Gosto de todos os citados acima, e ainda posso falar dos advogados, Dismas Hardy, Sandy Stern e Rusty Sabbich, ou dos detetives, Harry Bosch e Terry Caleb. Todos são ótimos personagens, com ótimos livros, mas como tenho que escolher um para falar desta vez, uni duni tê, o escolhido foi: Jack Reacher!
Reacher é o personagem principal dos livros do inglês Lee Child. O personagem nasceu no dia 29 de outubro de 1960, em uma base militar situada em Berlim. Filho de militar, Jack foi criado em postos militares por todo o mundo, e seguindo os passos do pai, logo se alistou, e serviu com grande distinção, participando de combates no golfo e outras guerras. Desiludido com o exército, Reacher deu baixa, e decide viver a vida...
Sem rumo, sem laços e sem obrigações, portando apenas um cartão de banco e a roupa do corpo, passa a vagar pelos Estados Unidos. Sua fonte de renda é a sua pensão do exército e, eventualmente, o dinheiro que tira de seus inimigos. A sua desculpa é que deseja conhecer o seu país, já que passou a maior parte da vida fora, em bases militares espalhadas por todo o planeta.
Com sangue frio e treinamento militar, Reacher não é adepto da teoria “quando um não quer dois não brigam”, em situações críticas, ele sempre prefere agir primeiro. Segundo ele, quem der a primeira porrada, quase sempre ganha a briga... Além da altura acima da média e do porte de soldado, Reacher traz como herança dos seus anos como policial militar (polícia do exército, diferente da nossa PM) um senso de justiça incomum, e uma enorme habilidade de estar no lugar errado, na hora errada... Normalmente, quando começam suas histórias...



Já li vários livros dele, Dinheiro Sujo, Destino: Inferno (este foi o último, excelente) The Enemy, Bad Luck and Trouble, Nothing To Lose, mas conheci o personagem no livro Um Tiro.
A Trama é simples mas sensacional, começa com a descrição dos passos de um franco-atirador em direção a uma chacina: com controle, precisão, tranqüilidade e seis disparos, cinco alvos são atingidos em frente à sede de uma afiliada da rede NBC (atenção para matemática; 6 disparos, 5 alvos, um tiro...). Pânico, notícia e mistério: todas as evidências apontam para James Barr, um veterano da Guerra do Golfo, como o principal suspeito dos crimes. Barr, alega inocência. E após ser preso dentro de casa pela SWAT, é levado à prisão e fica em silêncio até ser interrogado pelo advogado de defesa David Chapman. "Achem Jack Reacher” é o seu único pedido. A tarefa se mostra complicada para os policiais e para o advogado de defesa, já que ninguém sabe o paradeiro de Reacher após a dispensa do exército.
Por puro acaso, Jack toma conhecimento do caso, e movido, a princípio, por curisiodade resolve sair de Miami, onde curtia um periodo de calmaria e uma bela norueguesa, e escutar o acusado. Então, seu passado de investigador vem a tona e ele toma para a si, a tarefa de descobrir o que realmente aconteceu naquela tarde. Todo mundo sabe que é não é do meu feitio contar o fim das histórias aqui no Beco, então, quem ficou curioso, pode ler o livro sem medo. Jack Reacher é garantia de boa história, um tiro na mosca! (não resisti ao trocadilho...)
Algumas curiosidades: Jack é apaixonado por música, especialmente por Blues, tem um dom matemático impressionante, sempre que precisa matar o tempo, Reacher começa a fazer as mais loucas contas, além de ser viciado em café. E, assim como eu, sempre se senta de costas para a parede, de modo que não possa ser atacado por trás. (juro, é verdade, não sei por que, mas tenho medo de ser esfaquedo pelas costas...)
Agora, um pouco sobre o meu xará, Lee Child é o nome artístico de Jim Grant. Nascido na Inglaterra, em 1954. Hoje, vive em Nova Iorque. Dinheiro Sujo foi sua estréia, e logo de cara ganhou o prêmio Anthony Award por melhor romance de estreia. O site do cara é este: http://www.leechild.com. As edições nacionais, quem quiser comprar, pode clicar nas capas aí embaixo.

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