segunda-feira, 24 de março de 2008

Depois da páscoa...

Estou um pouco atrasado... semana passada foi curta e outros projetos terminaram por atrasar um pouco o Beco. Mas acho que agora as coisas irão andar melhor, espero que todos tenham tido uma ótima páscoa com muito chocolate (ou batata Pringles). E vamos ao post.
Mau humorado, convencido, egoísta, um pouco louco, hiperativo, questionador e totalmente adorável, assim é Calvin, genial criação de Bill Watterson. Publicado de 1985 a 1995, quando então, o autor resolveu que queria se dedicar a outros projetos, os quadrinhos mostram as aventuras do garoto em uma pequena cidade do meio-oeste americano (levemente inspirada na cidade natal de Watterson). Sempre acompanhado do seu tigre de pelúcia, Haroldo, Calvin e sua imaginação ativa vivem incríveis aventuras.
A chegada do terceiro livro da dupla às livrarias me levou a escrever este post, há um ano atrás eu comprei o primeiro livro, já fazia algum tempo que as tirinhas não eram publicadas por aqui e pensei que seria um bom momento para matar as saudades. O livro terminou passando pelas mãos de vários amigos que também sentiam falta das aventuras de Calvin, chegando ao ponto de ter sido seqüestrado e necessário uma operação de guerra para resgatá-lo, bom, mas isto é outra história...
Calvin e Haroldo fala de meio-ambiente, educação pública, pesquisas de opinião e outros temas atuais, de maneira bem-humorada e quase sempre com os pais do personagem sendo envolvidos em alguma travessura do garoto. Os pais são as vítimas preferidas de Calvin, porém, muitas vezes, eles mostram de quem Calvin herdou o comportamento peculiar, o pai (em nenhum momento os nomes dos personagens aparecem), não perde uma oportunidade de tripudiar, normalmente com respostas ainda mais absurdas às perguntas do garoto, deixando Calvin na dúvida se o que ouviu é verdade ou não...
Com sua imaginação, Calvin encarna vários outros personagens, um tiranossauro, um detetive, um inseto e o mais famoso de todos, o cosmonauta Spiff! Sem falar no próprio Haroldo, que quando está sozinho com Calvin, ganha vida e age como uma consciência para o menino, o contraponto (nem sempre) racional.

Alem de Calvin, Haroldo e dos pais do menino, outros personagens são recorrentes na série:
Susie Derkins, vizinha e colega de turma de Calvin. Susie é a única personagem importante da séria a ter nome e sobrenome. Educada, estudiosa, ela também tem seu lado negro, normalmente, implicando ou “entregando” Calvin aos adultos. Mantêm uma relação de amor e ódio com o garoto, e muitas vezes deixa transparecer que tem um sentimento mais profundo por Calvin.
Miss Wormwood, a professora. É severa e parece sempre estar de marcação com Calvin, mas na verdade só quer o melhor para seus alunos. Calvin, quase sempre, imagina a professora como um alien gosmento ou um zumbi que está tentando dominar a escola, o que lhe causa inúmeros problemas e situações embaraçosas.
Rosalyn, a babysitter. Rosalyn é uma adolescente e a babysitter oficial quando os pais de Calvin saem. Na verdade, ela é a única que consegue encarar Calvin, e é a única pessoa de quem o garoto tem medo.
Moe, o valentão da escola. Moe é o típico valentão, bate nos menores, extorque dinheiro, usa de apelido maldosos e é burro. Normalmente, Calvin tenta escapar dele usando de frases e situações que o outro garoto não consegue entender, o que nem sempre funciona...


Não posso deixar de falar do Calvinball, segundo descrição do próprio Calvin:
“Os jogos dos outros são chatos de lascar!
Eles tem que ter regras e manter um placar!
Calvinball é que é de arrebentar!
Nunca é o mesmo, é diferente assim!
Você não precisa de time, juiz ou afim!
Você sabe que é demais porque o nome vem de mim!”
O jogo é uma mistura de todos os esportes com bagunça generalizada, Calvin e Haroldo são os jogadores mais freqüentes, mas ocasionalmente Rosalyn joga em troca de Calvin fazer o dever de casa.

O triste é, que tirando algumas republicações (em 2005, foi lançado lá fora, um box com três volumes de capa dura com todas as tiras já publicadas, só de pensar me dá água na boca), nada de novo tem aparecido. Com internet e outras mídias explodindo por aí, chama a atenção a falta de outros produtos relacionados à série. Devido a um forte sentimento anti-merchandising de Bill Watterson, existem alguns poucos materiais de marketing oficial (disputados a preço de ouro pelos colecionadores). Não existe nada à venda, pelo menos não com o aval do autor, algumas camisetas e adesivos apócrifos podem ser encontrados por aí, mas é só...
O autor chegou a comentar que gostaria de ver o personagem em uma animação, mas nunca chegou a liberar o projeto. Um fã italiano produziu um versão que chegou ao youtube, mas Watterson conseguiu junto ao site que o video fosse tirado do ar.
Este comportamento (um pouco insano, na minha opinião) do autor termina por esconder uma das melhores histórias em quadrinhos já publicadas. O que é uma pena... Todos os fãs gostariam de ver Calvin e Haroldo na televisão, cinema e em todos os outros lugares possíveis. Só nos resta torcer para que Bill Watterson mude de idéia e nos traga de volta as tarde de Calvinball, Spiff e companhia...


terça-feira, 11 de março de 2008

Seria Warren Ellis deus?

O dia internacional das mulheres ficou para trás, mas o Beco do Crime não poderia deixar passar em branco, então o novo slideshow é uma homenagem a todas as damas fatais que passam pelo blog.
E vamos ao que interessa: Para muitos fãs de quadrinhos este escritor britânico está bem perto de ser considerado Deus... para outros ele é um lixo... Típico caso do ame-o ou odeie-o, Warren Ellis, nascido em Essex, segue firme e forte com um dos mais vendáveis roteirista da atualidade. Responsável pelos sucessos Planetary e Autority, séries violentas e contestadoras, e prestes a assumir o roteiro de Astonishing X-men no lugar de Joss Whedon, Ellis vai ter que se desdobrar para manter o nível, já que a série nas mãos de Whedon, ganhou todos os prêmios possíveis (bom, ‘tá certo que o criador de Buffy contou com a ajuda dos sensacionais de desenhos de John Cassaday). Mas este post não é para falar dos quadrinhos de Ellis e sim, de sua primeira incursão nos romances: Crooked Little Vein, publicada em Julho de 2007. Por um acaso do destino, terminei com um exemplar (em inglês) nas mãos. Estava procurando a obra já tinha algum tempo e não conseguia achar nada por aqui. Com Autority e Planetary arrebentado nas bancas e a expectativa crescendo em torno de Astonishing, achei que era um bom momento para falar um pouco de Warren Ellis e sua nova loucura.
Escrita na primeira pessoa como várias histórias do gênero detetive durão, a trama mostras as desventuras de Michael “Mike” McGill, uma antiga estrela em ascensão de uma famosa agência de investigação que hoje passa por uma interminável maré de azar. McGill é procurado pelo corrupto chefe de staff do presidente dos EUA para uma missão especial: para achar um exemplar muito peculiar da constituição americana. E, é a partir daí que começa a viagem de Ellis: o livro que McGill tem que encontrar foi escrito na pele das costas de um alienígena morto pelo próprio Benjamin Franklin depois de passsar seis noites sendo “sondado” pelos ET's. Quem já escutou falar de contatos imediatos deve entender do que estou falando... O livro passou pela mão de vários presidentes americanos até Richard Nixon perdê-lo em um bordel em São Francisco.
Ellis leva McGill a uma viagem através dos subterrâneos da América, e sem a Marvel ou a DC para segurar sua loucura, o inglês abusa. Pervertidos, loucos, corruptos, ninguém é inocente nesta viagem, palavrões, escatologia, violência, pornografia, Ellis vai enfileirando tudo que imagina nas página de seu livro, sem em nenhum momento perder o fio da meada, o que torna o livro uma excelente história de detetives. As desventuras de McGill, por mais absurdas que se apresentem, são descritas com uma riqueza de detalhes muitas vezes atordoantes. O que só acrescenta pontos a esta ousada estréia.
Quem já leu um pouco do trabalho de Warren Ellis em Authority ou Planetary vai entender o que estou falando, todas as referencias a cultura pop estão presentes nesta obra, sem as restrições de praxe. Divertido e sarcástico, o livro é um verdadeiro achado, depois que a gente se acostuma com todos os palavrões. Vou deixar um link no final com o primeiro capítulo para quem falar inglês (e quiser se arriscar). E só nos resta torcer que alguma editora crie coragem e aposte em Warren Ellis. Quem gosta dos quadrinhos de Ellis vai gostar de sua estréia, eu gostei. E muito!
A propósito, a capa aí de cima é de uma edição limitada e o cara aí do lado é o próprio.

Primeiro capítulo

terça-feira, 4 de março de 2008

Elvis não morreu...

Falando de filmes novamente. Há algum tempo atrás pus as mãos em um filme chamado Bubba Ho-tep. Já tinha lido sobre ele na internet, depois escutei alguns comentários por aí, até que, enfim, consegui uma cópia e me surpreendi com o que encontrei: filme B dos bons! Estrelado por Bruce Campbell, o Ash da série Evil Dead, e Ossie Davis, o filme conta a hilária história de um Elvis Presley velhinho enfrentando uma múmia do antigo egito com a ajuda de um John Kennedy negro (isto, mesmo, negro!). Baseado em um conto indicado ao Bram Stoker Award de Joe R. Landasle, Bubba Ho-tep conta a “verdadeira” história do que realmente aconteceu com Elvis.
Logo no início do filme, encontramos o Rei envelhecido em um asilo perdido no meio do Texas. Em flahsbacks, descobrimos que Elvis estava cansado da vida artística que levava e certo dia, após encontrar um dos seus muito imitadores, decide trocar de lugar e tirar um ano de férias. Tudo feito as escondidas para não levantar suspeitas mas com um contrato para garantir sua volta (tem sempre um advogado nestas confusões). O que ninguém contava era com a a morte do imitador antes do fim do prazo... e que um desajeitado Elvis queimasse o contrato ao tentar fazer um churrasco...
E assim, ninguém acredita que Elvis é mesmo Elvis... e passa a viver sua vidinha decadente até terminar no asilo.
No seu retiro forçado, Elvis termina por conhecer Jack, um velhinho negro que afirma ser John F. Kennedy. O dialogo entre Elvis e Kennedy, no momento que se conhecem é sensacional, lá pelas tantas, o Rei pergunta: você sabe que é negro, não sabe? E Jack responde, eu sei, eles me tingiram para ninguém suspeitar de nada...
E os dois vão levando a vidinha sem maiores aborrecimentos que uma próstata inchada, ou artrite nos joelhos (O Rei usa um andador o filme inteiro, o que proporciona algumas cenas hilárias) quando se vêem novamente a frente da ação para enfrentar um múmia do antigo egito que, também depois de muitos percalços, termina no mesmo fim de mundo que eles...
Dirigido por Don Coscarelli, o filme ganhou inúmeros prêmios no exterior, dentre eles o de melhor ator para Bruce Campbell e roteiro. O sucesso no circuito alternativo e a performance de Bruce Campbell como Elvis já geraram comentários que uma continuação está a caminho: Bubba Nosferatu! Elvis versus Drácula, hehehe... aguardo ansiosamente.
E neste caso, Bruce Campbell é o filme, o ator está completamente a vontade no papel do Rei, a maquiagem é ótima, Bruce parece que é realmente um decaído Elvis, somado a atuação sempre segura de Ossie Davies temos um filmaço. Não sei porque nunca saiu por aqui, nem cinema, televisão, net, locadora, nada... Quem tiver a chance de assistir, não pode perder.
Para finalizar vou aproveitar para falar um pouco de Bruce Campbell. Considerado o rei dos filmes B, Bruce aproveita esta fama com muito bom humor, amigo de Sam Raimi (diretor dos 3 filmes do Homem Aranha e da série Evil Dead), sempre aparece em hilárias pontas nos filmes do amigo (muitas vezes sem crédito) e ainda é autor de inúmeros livros de "autoajuda", como o best-seller: Como fazer amor do jeito de Bruce Campbell...
Aí embaixo o trailer para vocês sentirem o gostinho:

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Um achado arqueológico

Bom, antes de mais nada, queria pedir desculpas a uma das minhas comparsas mais fiel, Miss Lewis, o link para o site dela estava errado! Já foi corrigido, me desculpe, Miss Lewis, prometo prestar mais atenção daqui em diante. E aos meus demais comparsas pela demora em cometer um novo delito.
E agora, vamos ao que interessa! A bola da vez é quadrinhos! Mais especificamente bons quadrinhos. Já reclamei aqui que não vejo nada de bom nas bancas há algum tempo (tirando algumas raras exceções), então fiz algumas excursões arqueológicas e achei algumas raridades, dentre elas, American Flagg de Howard Chaykin.
Já falei um pouco de Howard Chaykin quando comentei uma revista do Lanterna Verde, vou aproveitar para falar um pouco mais. Chaykin nasceu em 1950, em Newark, New Jersey. E começou sua carreira nos quadrinhos como assistente de outros grandes nomes como Gil Kane e Neal Adams. Em 1976, Howard foi convidado para ilustrar a adaptação em quadrinhos de Guerra nas Estrelas, Uma nova esperança que se mostrou um grande sucesso. Logo abandonou a Marvel e partiu para trabalhos mais adultos e controversos. E em 1983, lançou American Flagg, um incrível sucesso, onde Chaykin junta todas as suas idéias anteriores e interesses em um material único recheado de referências a cultura pop.
American Flagg chegou ao Brasil pela primeira vez através da editora Cedibra nos anos 80. Na contramão do mercado, a editora optou por lançar American Flagg em formato original, junto com outras três revistas, o preço era justo e qualidade da impressão boa, mas a aventura teve vida curta, as outras revistas foram canceladas logo no começo, American Flagg ainda durou um pouco mais, e teve mais algumas edições pela Abril logo depois.
A estória se passa no ano de 2031, e a premissa básica é a seguinte: após uma série de crises no ano de 1996, o governo dos Estados Unidos e as grandes corporações são forçados a mudar para Hammarskjold Center, em Marte (isto mesmo, outro planeta). Com a saída dos EUA do planeta, e o fim da União Soviética (entrou em colapso devido a inúmeras insurreições islâmicas) o domínio do mundo se divide entre a União Brasileira das Américas e a Liga Panafricana.
Entretanto o governo exilado, as megacorporações e uma colônia lunar da antiga União Soviética se juntam para formar a Plex, uma gigantesca união interplanetária entre corporações e governo para conduzir o comércio e a política norte-americana da sua nova capital em Marte.
Ambientando a série em grandes shoppings onde as pessoas moram, compram e trabalham, muitas vezes em condições sub-humanas, Chaykin faz uma crítica mordaz aos rumos que a sociedade estava tomando a época (e ainda hoje).
É em meio a este ambiente, que encontramos Reuben Flagg, astro de televisão convocado para servir como ranger (soldado/policial/xerife). Flagg, a principio, é um bobalhão, astro de TV, que pensa que ainda está nas telas e que tudo é uma grande aventura. Mas, a medida que a trama evolui, vai descobrindo que são grande as chances de ele estar do lado dos bandidos. As descobertas vão se avolumando e a partir de determinado momento ele tem que tomar uma decisão, e mostrar a que veio.
Entre os personagens principais da séries, destacam-se, além de Flagg, Raul, o gato, um gato caseiro laranja, inteligente e capaz de falar; Hilton "Hammerhead" Krieger, o superior de Flagg, corrupto até a alma, Amanda “Mandy” Krieger, filha de Hilton, trabalha como controladora de vôo no “plexporto” de Chigago e mais tarde se torna ajudante de Flagg.
TV’s piratas, mensagens subliminares, governos e policiais corruptos, muita violência, uma boa dose de sexo, transformaram American Flagg em um sucesso, até Howard Chaykin sair dos roteiros e desenhos. Com a saída do seu criador a série perdeu em qualidade e terminou cancelada pouco tempo depois.
Como disse antes, pouca coisa saiu aqui no Brasil, mas o que saiu era muito bom. Com Chaykin empolgado este material fez a alegria de quem queria sair da mesmice que se encontrava o mercado brasileiro na época. Os desenhos sujos de Chaykin eram uma benção para os brasileiros que começavam a ver que existiam mais coisa em quadrinhos além de Cebolinha e Mickey... Quem gosta de quadrinho pode (e deve) procurar este material por aí, já vi em sebos e barraquinhas, não é difícil de achar, basta ter um pouco de paciência.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Um post especial



























Para quem não sabe ou não leu, o Beco do Crime saiu no jornal neste fim de semana, revista Domingo do JB. Valeu mesmo, Carol!!!
Todos estes elogios só aumentam a vontade de fazer um blog ainda melhor!

Agora, vamos deixar a rasgação de seda para lá e partir para o que interessa. Desta vez, vou falar de livro, muita gente vai achar estranho o livro escolhido, mas o cara é amigo meu e merece uma força. Vicente Parente é carioca, mas começou a carreira na Inglaterra, onde teve aulas com Vinnie Jones (leiam o blog, assim vocês vão entender as referências...), e seu livro de estréia chama-se Imaculado Lorenzo. A trama se passa em Baixos Sertões, uma cidade do interior cheia dos personagens que você espera encontrar nestes lugares, como o delegado que age acima da lei, políticos populistas e corruptos, o padre bonachão, as beatas...
Por que este livro estaria no Beco? Porque Lorenzo Ponchito Fernandez, jagunço casado com Matilde de Alencar, a mulher mais bela e desejada de Baixos Sertões, resolve lavar sua honra com sangue!
O pobre Lorenzo Ponchito acha que sua mulher estava de caso com o médico de cidade e mata a musa da cidade. A partir daí, temos uma estória cheia de reviravoltas onde todos tentam descobrir se Lorenzo Ponchito tinha razão. Nesta sua estréia, Vicente consegue misturar bom humor e suspense em um texto enxuto e bem amarrado. Com a ajuda de um corvo que passa a sobrevoar a localidade cria uma atmosfera irreal que leva os leitores a uma viagem inusitada por uma cidade que a toda o momento nós pensamos reconhecer.
Vicente Parente se revela um ótimo autor (muito melhor do que o zagueiro que era na sua juventude antes de encerrar a carreira de peladeiro). Vale a pena ler o livro, pode ser difícil de encontrar por aí, é bem diferente do que normalmente aparece aqui no Beco, mas é uma boa pedida também.

PS. Esta foi a única foto do autor que eu consegui, se ele mandar uma foto mais atual, eu posso ver se troco....

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

um post rapidinho

Galera,
descobri este vídeo na internet (crédito para o pessoal do Omelete), e achei que ficava bem aqui no beco. Marvel Zombies é uma das melhores sacações da marvel, os quadrinhos de Robert Kirkman mostram o que acontece quando Stan Lee encontra George Romero. E uns loucos resolveram filmar... o resultado está abaixo:

MARVEL ZOMBIES THE MOVIE

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pobre manhattan

Já tem um tempo que não falo de quadrinhos, principalmente por que não tenho visto nada que me enchesse os olhos nas bancas. Mas olhando na estante aqui de casa, encontrei o exemplar de DMZ que ganhei no ano passado. Uma coletânea (em inglês) da primeira fase da série que hoje está saindo no Brasil em edições da Pixel Magazine (e para vocês morrerem de inveja, o meu exemplar tem dedicatória e autógrafo). A série DMZ é publicada pela Vertigo, braço da DC comics e é escrita por Brian Wood com desenhos do italiano Riccardo Burchielli. Graças ao atual clima de paranóia e os conflitos políticos que os Estados Unidos se meteram, DMZ mexe em algumas caixas de maribondos e prova que quadrinhos é capaz de provocar reflexões sem em nenhum momento deixar a ação de lado.
Mas vamos deixar a política para lá e vamos ao que interessa: o termo DMZ, título da série, significa Zona Desmilitarizada, e na história, refere-se à área de Manhattan num futuro próximo. Na série, os Estados Unidos da América se encontram divididos, desde o surgimento de um grupo rebelde denominado Exército Livre, que declarou guerra contra o estado nacional. A ilha de Manhattan foi devastada e tornou-se território neutro, ocupada apenas pelos poucos que não a abandonaram. (coitada de Manhattan, sempre sobra para ela...)
O personagem chave da série é o jovem Matt Roth, contratado como estagiário de uma grande rede de televisão, e designado para acompanhar um jornalista de renome, vencedor de Pulitzers. Entretanto, assim que chegam a Manhattan, a equipe de Matt é atacada, quase todos são mortos e o fotógrafo fica perdido na DMZ.



A narrativa é ágil e o tom da história não é pesado, apesar de estarmos no meio de uma guerra, há um certo comedimento em relação as cabeças explodindo, braços arrancados e sangue de uma maneira geral. Mérito para o italiano Burchielli que mostra que sabe dosar as emoções e desta forma consegue valorizar cada pedaço de corpo que aparece no resto da série. Há uma cena marcante, onde Matt visita um hospital improvisado onde estão as crianças vítimas dos combates que assolam a cidade, nestas páginas Burchielli mostra que é capaz de chocar sem apelar. Na minha opinião, uma das melhores seqüência dos quadrinhos atuais. A série está sendo bastante comentada lá fora, e já está fazendo o sucesso que merece aqui. Então para encurtarr, é leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos, elogiei bastante os desenhos de Bruchielli, mas os roteiros de Brian Wood, egresso do quadrinho independente norte-americano com vários Eisner nas costas (para quem está chegando agora, o Eisner é o correspondente ao Oscar nos quadrinhos), também são excelentes, até a parte que li da série, a história está muita bem amarrada e você tem certeza que Wood sabe para onde está levando seus personagens, o que já muito bom perto do que tenho visto acontecer na Marvel e DC... E mostra que toda a badalação em torno do seu nome antes de chegar uma grande editora era merecida.
Uma curiosidade: recentemente, um conhecido editor de quadrinhos foi barrado em um aeroporto, simplesmente por levar na mochila um exemplar da série. Foi considerado suspeito de terrorismo... Ô paizinho louco este tal de EUA..

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Atendendo a pedidos!

Atendendo a um pedido, vou falar de refilmagem, mas também não vou falar das mais óbvias, por que não teria graça. Bom, não vou comentar idade, pois temos damas lendo o blog e não pretendo comprometer ninguém, mas acho que a grande maioria assistiu ao filme “Golpe Baixo” (The Longest Yard – 1974), com Burt Reynolds, na sessão da tarde. Neste filme, Burt faz o papel de um astro de futebol Americano que é preso e por ser famoso termina na prisão de um diretor fanático por futebol. O louco força o personagem a treinar um time para enfrentar os guardas e aí o bicho pega. Este filme teve uma refilmagem recente com Adam Sandler no papel que era do Burt que não fez muito sucesso. Mas a refilmagem que quero comentar é a versão inglesa com Vinnie Jones no papel de Danny Mehan, ex capitão do English team, primeiro banido do futebol por arranjar um resultado de um jogo entre Inglaterra e Alemanha e depois condenado por atacar dois policiais durante uma bebedeira.
Em cana, Danny enfrenta problemas por ter se vendido ao alemães, a desconfiança é tanto dos guardas quanto dos outros prisioneiros, e quando a situação parecia que não poderia piorar, é “convocado” pelo diretor da prisão para treinar o time dos guardas. Para não ficar com a imagem ainda pior com os outros presos, ele propõe um jogo entre guardas e detentos.
E aí que o filme fica legal, Danny encontra grandes dificuldades para montar o seu time, ninguém quer jogar com um traidor da pátria... quando enfim consegue convencer os outros detentos que aquela seria a grande chance de se vingarem pelos maus tratos sofridos nas mãos dos carcereiros, ele descobre que nem todos sabem o que é bola... (afinal nem todo mundo é brasileiro).
A grande diferença para outros filmes que tratam de futebol, é que neste caso não tem americano envolvido! A grande maioria dos artistas são britânicos e é claro sabem o que é futebol, então as cenas não parecem falsas e produzidas por coreógrafos da Broadway para cachorros fofinhos... O futebol é para valer (bom, quase sempre...).

O filme tem a produção de Mathew Vaughan que recentemente dirigiu Stardust de Neil Gaiman, e é responsável também por Snatch - Porcos e Diamantes e é da mesma escola de Guy Ritchie e seus filmes de gangsters ingleses.
Mas, o barato do filme é mesmo Vinnie Jones, mais conhecido como o Fanático do terceiro filme da série X-men, Vinnie está em casa como o ex-capitão da seleção em inglesa, já que durante anos foi jogador do Leeds United da Premier League. Como jogador, ele tem uma carreira marcada por confusões, ficou famoso por lançar um video chamado Soccer's Hard Men em 1992, com cenas suas e de outros jogadores entrando duro e matando a jogada com vontade! Inclusive com aulas de como bater e não ser visto pelos juizes... Por causa deste vídeo foi multado em 20.000 libras pela federação inglesa, ainda detêm o recorde de cartão amarelo mais rápido da história, com 3 segundos de partida e ganhou notoriedade quando apertou os testículos de Paul Gascoine, então capitão da seleção inglesa, durante um jogo! Um verdadeiro bad boy... Hoje é um bem sucedido ator de hollywood, normalmente fazendo papéis de gangster inglês caladão...
Outro que está no filme é Jason Statham, mais conhecido como o motorista de Carga Explosiva, no papel de Monk, o goleiro psicopata do time.
Não dá para contar com o risco de estragar as surpresas, mas embaixo vou deixar o trailer do filme e uma recomendação, principalmente para quem gosta de futebol e para quem gostou de Snatch, assistam ao filme! Já tem em DVD com o nome de Penalidade Máxima, o titulo original é Mean Machine. (e no menu do video do Youtube tem outras cenas do filme, inclusive uma abertura que parodia 007)


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Um sonho de liberdade

Bom ano novo para todos os meus três leitores fiéis! Os mais próximos entenderão o título do post.
Desta vez, volto a falar de livros. "Primavera eterna – Rita Hayworth e a redenção de Shawshank", conta a história da injusta condenação de um homem à prisão perpétua como ponto de partida para falar sobre o desejo de liberdade. Apesar da grande maioria conhecer o filme, que tem o mesmo título do post, o livro é muito melhor. A adaptação para as telas - com Tim Robins e Morgan Freeman - fez grande sucesso. Porém o livro é do mestre do terror Stephen King, e eu já vi em versão "solo" ou junta com as outras três estações, formando um livrão (a capa nova é esta do lado, no fim do post tem a capa mais antiga).
Diferente do que estamos acostumados, King mostra muito pouco do terror fantástico que encontramos em "O iluminado" ou "A coisa", focando em relacionamentos humanos e o dia-a-dia dos personagens comuns. As quatro estações são a já citada Primavera Eterna, onde um condenado a prisão perpétua pede um poster de Rita Hayworth para decorar sua cela, e de uma maneira inusitada usa a diva como uma camuflagem para sua fuga espetacular, contar mais seria contar o fim e não vale a pena, leiam o livro.
Além desta primavera, temos "Outono da inocência - O corpo", que deu origem ao filme "Conta Comigo" (é galera, este filme é baseado em um conto do Stephen King, tem gente que não acredita...), onde quatro garotos partem em uma jornada em busca do corpo de outro jovem atropelado por um trem. Uma curiosidade: o filme tem no elenco Kiefer Sutherland (O Jack Bauer em pessoa!), River Phoenix e Corey Feldman. O conto seguinte é "Verão da corrupção – Aluno inteligente", onde um jovem estudante, exemplo de comportamento na comunidade onde vive, descobre que um refugiado nazista está morando na vizinhança. O jovem se aproxima do criminoso e termina envolvido em um jogo de gato e rato, onde só ele tem a perder. Este também virou filme, "O aprendiz", com direção de Brian Singer e com sir Ian McKellen no papel do velho oficial nazista. O filme, apesar de bom, não fez muito sucesso à época do lançamento. E este conto, é na minha opinião, o melhor dos quatro que fazem parte do livro. A quarta estação é "Inverno no clube – O método respiratório", que narra a luta de uma jovem para conceber seu primeiro filho a qualquer custo. O legal deste conto é que esta história é contada por um dos personagens que é membro do clube do título, durante uma reunião dos membros do clube onde todos contam histórias, reais ou fictícias. Apesar de King não usar do fantástico da maneira usual, ele está presente em cada um dos contos como uma marca do autor, e é isto que torna este livro tão interessante. Na minha opinião, vale uma leitura, se tiverem a oportunidade, não desperdicem, pode ser na versão completa ou qualquer estação que vocês encontrarem.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Snake Plissken - os anos 80 voltaram


Sexta passada, zapeando, terminei encontrando o filme "Fuga de Los Angeles", assisti todo, com um sorriso, e pensando nas notícias de que estão querendo fazer um remake do primeiro, "Fuga de Nova York", este sim, o verdadeiro clássico! O que me levou a este post foi esta retomada dos ícones dos anos 80, remakes de filmes e resgates de personagens. Eu nunca consegui entender como Snake Plissken, ou Cobra Plissken, na dublagem do SBT, não tem um reconhecimento maior. Jason, transformers, comandos em ação, Freddy, até moranguinho estão sempre na moda e o pobre do Snake Plissken o máximo que conseguiu foi uma série de quadrinhos que não fez muito sucesso. Na minha humilde opinião, acho que ele deveria estar lá em cima no panteão dos heróis dos anos 80, junto ao Ash (quem não conhece, vai procurar no google, pois é uma vergonha não saber)! Estou pensando em fazer uma campanha “Snake para presidente” para garantir o respeito maior!
Mas, vamos ao filme, a trama é a seguinte: Em 1997, Nova York se tornou uma prisão de segurança máxima, onde estão os piores criminosos. Fugir de lá é impossível, entrar é no mínimo insano, mas quando o avião do Presidente dos EUA (Donald Pleasence) cai em Manhattan, o governo americano resolve apelar. A solução, nem um pouco ortodoxa (achei que nunca fosse usar esta palavrar), é convocar um condenado e herói de guerra para resgatar o presidente, oferecendo a ele a liberdade se for bem sucedido. Kurt Russel faz o papel de Snake Plissken, o anti-herói que tem que salvar o presidente, mau humorado, grosso, sacana, Snake não está nem um pouco preocupado com o cara, tudo que interessa a ele é ganhar sua liberdade.
Esta é a segunda parceria de Kurt Russel com John Carpenter, antes eles já haviam trabalhado em “Enigma de outro mundo”. O elenco ainda conta com Lee van Cleef, como o oficial de segurança e antigo chefe de Snake, responsável por convocá-lo novamente e Isac Hayes, mais conhecido hoje por dublar o chef de South Park, como o líder dos prisioneiros.
O filme é de 1981, mas trama é ambientada no futuro, em 1997, e apresenta os EUA como um estado ditatorial, Nova York foi murada e ninguém sai, todos os criminosos são enviados para lá, inclusive aqueles que simplesmente combatem o regime que se instalou no país. Parece atual para vocês?
Assistam ao filme e divirtam-se! E depois vejam a continuação, não é tão bom quanto o original, mas também vale uma olhada! Aí embaixo está o trailer. Preparem a pipoca e vão a luta!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

é (quase natal)

Bom pessoal, é quase natal, tempo de festa e confraternização. Aproveitando a data o carinha aí do lado tem um abraço especial para todos vocês!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Presente de Natal - Velocidade

É, galera, estou devendo o post sobre o Falcão Maltês, mas meu convidado especial está enrolado e não conseguiu me mandar o texto, ainda tenho esperança de um dia publicar este post! Para não ficar parado, e já que terminei de ler Velocidade de Dean Koontz, vou aproveitar para falar um pouco sobre este livro. Sempre fui fã do cara mas por várias razões demorei a ler este livro. No final das contas o livro se mostrou a altura da expectativa. Gostei muito do livro, a históra de desenrola da maneira tradicional com que Koontz está habituado a trabalhar, com o fim bem escondido e difícil de matar. Normalmente eu acho os culpados na metade do livro, mas desta vez, eu confesso que errei (bom, pelo menos em parte, hehehe). Mas, sempre fico me perguntando, o porque das famílias dos personagens sempre serem tão problemáticas, principalmente o pai. Isto é assunto para os psiquiatras de plantão, não é minha área, mas prometo tentar descobrir o porquê desta fixação. Para aqueles que procuram um presente de natal, acho o livro uma boa pedida. História é a seguinte: Billy Wiles é um rapaz pacato que abandonou um promissora carreira como romancista para trabalhar como barman. Uma noite, após o seu turno, encontra no limpador de pára-brisa de seu carro um bilhete datilografado: Se você não levar este bilhete à polícia nem envolvê-la, vou matar uma linda professora loura em algum lugar do condado de Napa. Se levar este bilhete à polícia, matarei uma mulher idosa que faz obras de caridade. Você tem seis horas pra decidir. A escolha é sua. Parece uma brincadeira doentia, e Billy procura a ajuda de Lanny Olsen, um amigo polical, que tem a mesma opinião. Seu conselho a Billy é ir para casa e deixar aquilo de lado. Além do mais, os que poderiam fazer mesmo se levassem o bilhete a sério? Nenhum crime havia sido cometido. Porém, em menos de 24 horas, uma jovem e bela professora loura é encontrada morta. Billy assume a culpao: afinal ele não convenceu a polícia a se envolver no caso. As coisas só pioram quando encontra um novo bilhete, um outro prazo, um outro ultimato... e duas novas vidas por um fio. A partir daí, começa um jogo de gato e rato, onde todos são suspeitos, nem tudo é que o parece, e a sanidade de Billy se encontra por um fio.
Até o fim da semana, vou sugerir um presente para quem tem filho pequeno. Prometo que vai ser acessível, nada de Xbox ou wii...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Jesus Christ - vampire hunter


Bom, meu convidado especial não conseguiu terminar o texto do Falcão Maltês, então vou aproveitar para falar de mais um trash. Quando eu falei do palhaços assassinos meus três leitores não acreditaram (já, já eu te passo, Xéxeo!), mas o mundo do cinema é capaz de produzir troço ainda pior! Jesus Christ - Vampire Hunter está aí para provar. O filme é um absurdo, Jesus está volta a terra para salvar o mundo dos vampiros, a trama é isto. Com um visual hippie e meio carateca, Jesus é um tremendo canastrão. Sem tirar nem por, ainda podemos encontrar no filme, um Frankstein de quinta, lésbicas, um musical tipo era de aquárius e muita picaretagem...

Jesus Christ Vampire Hunter


Categoria: trashísssimo...
Duração: 85 min.
Classificação: M/12
Protagonistas: Phil Caracas, Josh Grace, Jeff Moffet
Realização: Lee Gordon Demarbre

O julgamento final está cada vez mais próximo. Jesus Cristo voltou à terra para levar a cabo a sua última missão, antes de julgar a Humanidade pelos os seus pecados. Esta missão consiste em acabar de uma vez por todas com um exército de vampiros, capazes de resisitir à luz do dia.


O ponto alto (será que posso chamar assim?) é um diálogo entre Jesus e seu pai, Deus, que aparece para o filho como um bolinho em uma lanchonete. Com direito a boca mexendo e tudo. Normalmente eu me divirto assistindo a estes filmes, mas desta vez tudo que consegui foi ficar abismado. Este é filme é tão ruim e pronto. Acho que não dá para salvar nada, só serve mesmo para ser malhado! Fica o aviso, se alguém quiser assistir é por sua conta e risco, depois não vem botar a culpa em mim!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O falcão Maltês

No fim da semana, um convidado especial vai falar de O Falcão Maltês, de Dashiell Hammet. Para quem não ligou o nome a pessoa, é o próprio filme com Humphrey Bogart.

Falcão Maltês, O
(Maltese Falcon, The, 1941)

» Direção:
- John Huston
» Elenco:
- Peter Lorre
- Humphrey Bogart
» Sinopse: É sobre um grupo de pessoas que farão de tudo para colocar as mãos
em uma estátua de um pássaro coberta de ouro e cheia de jóias preciosas por dentro.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Em busca de um destino e Guy Gardner: pacificador (HQ)

É, galera, mais um post! Ainda não tinha falado de hq, então chegou a hora. Duas revistas, duas opiniões completamente diferentes!

Em busca do destino – Ô historinha ruim... dinheiro jogado fora... pelo menos saiu tudo junto. Quatro personagens ridículos (tá legal, a tal da Alice Sombria nem é tão ruim...), mas o macaco de capacete e uniforme, deus me livre..., e o tal Zauriel? O cara já era ruim na Liga, sozinho é uma verdadeira merda (desculpa o palavreado)... no meio de tanto coisa boa que tenho lido, esta revista foi uma decepção. Desenho horrorosos, roteiro capenga, verdadeiro caça-níquel, querem um conselho: Passem longe! Quem gosta (ou gostava do Sr Destino) vai concordar comigo que para isto, era melhor deixar o personagem quieto.



Guy Gardner: pacificador – Desenhada e roteirizada pelo Howard Chaykin, só por isto já valia uma olhada. Resolvi arriscar e desta vez me dei bem. O Guy está mais Guy do que nunca. Grosso, mal educado, sacana... o que Em busca de um destino me desapontou, esta revista me surpreendeu, é pura diversão sem maiores pretensões, é somente para ler e esquecer em seguida e daqui há um dois anos, ler de novo e se divertir novamente. O traço característico do Chaykin está um pouco mais limpo do que em American Flagg, mas continua lindo. Só tenho uma reclamação, mexeram muito no Gnort, transformaram o "poodle" em um cara com atitude, tudo bem que ele perdeu o planeta, parecia outro personagem, acho que a descaracterização foi muito grande, podiam pegar um pouco mais leve. De toda forma vale a leitura. Tenho uma amiga que é fã dos lanternas, e acho que tanto ela quanto o filho vão gostar muito desta edição!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Killers Klowns from outer space

Toda vez que falo deste filme, as pessoas acham que estou inventando, que não pode existir algo tão bizarro. Mas a verdade é que existe...
Filme é trash até dizer chega! O resto é brincadeira. Maquiagem tosca, atuações horrorosas, defeitos especiais! Para quem gosta de uma risada, vale a pena conferir.
O filme foi produzido no ano de 1988 pelos irmãos Stephen, Eduard e Charles Chiodo. Neste filme, os personagens principais são Mike Tobacco e Debbie Stone, um casal que, numa noite, namoram dentro de um carro, mas escutam um barulho vindo de fora do carro, quando vão ver o que é, vêem algo parecido com um meteoro, que cruza o céu e cai em uma floresta. Ao chegarem no local, encontram uma brilhante e iluminada tenda de circo, que na verdade é um disco voador. Os tripulantes da nave-circo são palhaços alienigenas, que matam pessoas com uma arma que dispara pipocas e também com um raio que cria um casulo de algodão doce que envolve a pessoa, para que os palhaços suguem o sangue da vítima com um canudinho. O xerife da cidade onde se passa a história do filme é o guarda Curtis Money, que nunca acredita nas histórias que lhe contam sobre os palhaços assassinos, sempre acha que estão querendo lhe enganar, até que ele próprio se torna vítima dos perversos palhaços. O unico jeito de matar os palhaços assassinos era disparar um tiro no nariz deles, um guarda descobre isso quando acerta um tiro, sem querer no nariz de um dos palhaços. Veja o trailer, e descubra do que estou falando:



só um porém, até hoje não consegui descobrir se os caras realmente queriam que isto fosse levado a sério ou se desde do princípio era uma galhofa...

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Lawrence Block e Matthew Scudder

Bom, fui apresentado a Lawrence Block pelo meu padrinho, ele mandou uma leva de livros para meu pai e “Um bilhete para o cemitério” estava no bolo. Meu pai leu primeiro e depois me passou o livro, com recomendação. A partir deste, tanto eu quanto ele começamos a procurar os novos do Block.
Lawrence Block, nascido em 24 de Junho de 1938, na cidade de Búfalo, no estado de Nova Iorque, é um dos mais famosos escritores norte-americanos de mistérios. Seus livros mais famosos são de duas séries, passadas em Nova York e têm como personagens principais o detetive particular Matthew Scudder, que luta contra o alcoolismo e o ladrão boa-praça, bibliófilo e livreiro nas horas vagas, Bernard Rhodenbarr (este não conheço, mas já está lista de próximas leituras). Block recebeu o título de “Grande Mestre” pela Mystery Writers of America em 1993, o mais prestigioso prêmio da área.
A criação mais famosa de Block, Matthew Scudder, foi apresentado no livro “The Sins of the Fathers” (“Os pecados dos Pais”, li recentemente, excelente pedida) como um ex-policial alcoólatra trabalhando como um detetive particular sem licença em Hell’s Kitchen. Originalmente publicados como brochuras, as primeiras novelas são intercambeáveis. As segunda e terceira publicações – “In the Midst of Death” (1976) e “Time to Murder and Create” – foram escritas na ordem oposta. O livro “Eight Million Ways to Die”, de 1982 (filmado em 1988 por Hal Ashby, sem muito sucesso nas bilheterias), quebra a tendência dos títulos anteriores, já que o livro acaba com Scudder se apresentando em uma reunião dos Alcoólicos Anônimos. Com a condição de ex-alcoólatra, presumia-se o fim da série, mas uma antiga promessa de Block a um editor amigo com um Scudder original, resultou em “By the Dawn’s Early Light”, uma história sobre os dias de bebedeira do personagem, mas narrado sobre a perspectiva de um alcoólatra recuperado. Block expandiu a série a partir disso com “When the Sacred Ginmill Closes” (“Quando nosso boteco fecha as portas”, muito bom também), que se mostrou um dos livros favoritos do autor e de seus fãs. A partir daí, as circunstâncias de Scudder jamais se mantém as mesmas; o livro “A Ticket for the Boneyard” ( “Um Bilhete para o Cemitério”, o primeiro que li e que levou aos outros, recomendo), de 1990, por exemplo, reúne o personagem com Elaine Mardell, uma prostituta dos seus dias de policial.

Uma leitura horripilante e que ao mesmo tempo retém seus leitores é o livro “A Dance at the Slaughterhouse” (“Um baile no matadouro”, é sobre este que queria falar, estou acabando de ler e não consigo largar o livro.) Scudder está mais cínico do que nunca, resistindo a cada página a tentação da bebida. Quando é contratado por o irmão de uma vítima de assassinato para investigar se o marido seria culpado ou não, nunca imaginou que uma série de coincidências o levaria a descobrir outros assassinatos em circunstâncias muito mais bizarras e violentas. Agora que estou acabando o livro achei um pouco forçado a maneira que todos os casos se encontram mas este tipo de situação passa batida pelo ritmo que Block imprime a história. A maioria dos personagens apresentados no livro são bem reais, em nenhum momento eu tive a sensação "pô, o que este cara está fazendo aqui?", não dá para falar muito com o risco de estragar a surpresa, o livro é muito bom e vale a leitura.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Primeiro Post!

Só testando! Em breve vou falar um pouco de Lawrence Block e Matt Scudder. Fiquem atentos.