segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Tirando a teia de Aranha!

Ah... Como é bom estar de volta! Depois de um longo e tenebroso inverno é hora de voltar a ativa, assunto é que não falta para o Beco do Crime, temos Tequila Vermelha, Hieronimous Bosch, Joe Hill (sim, o filho do Homem!), Warehouse 13, Justified  muita coisa para aparecer no Beco, mas não agora. Agora é hora de modinha: Jogos Vorazes! Porque modinha? Por que Jogos Vorazes? Porque eu li o livro em 2010, antes de virar modinha, pô! E gostei. E vamos ao que interessa que a fila é longa...
A trama é simples, e logo traz a memória outros clássicos do futuro apocalípitico, Mad Max e a cúpula do trovão é um bom exemplo, os Jogos Vorazes acontecem em um futuro não identificado, após a destruição dos Estados Unidos, e o surgimento de uma nova nação chamada Panem. Este novo país é formado por uma rica capital e outros 12 distritos pobres e dominados. Como represália aos distritos por um levante contra a capital, todo ano um casal de cada distrito com idade entre 12 e 18 anos são aleatoriamente selecionados por um processo conhecido como Colheita e forçados a participarem de um violento evento televisivo, os Jogos Vorazes.
As regras são simples: os 24 tributos, como são chamados os jovens, são levados a uma gigantesca arena (que a cada ano tem um tema diferente – florestas, cidades, ruínas) e devem lutar entre si, até só restar um sobrevivente. O vitorioso, além da glória, leva grandes vantagens para seu distrito.
No livro de Suzanne Collins, a personagem principal é a jovem de 16 anos, Katniss Everdeen. tributo do Distrito 12 junto com Peeta Mellark. Mas Katniss, na realidade, não foi uma escolhida, a menina se oferece para os jogos no lugar da pequena irmã, e provoca grande comoção no país. 
Após a Colheita (cerimonia de escolha dos tributos, transmitida ao vivo para todo o país), Katniss e Peeta são levados para a Capital, onde conhecem os outros tributos e são oficialmente apresentados a audiência. A situação da jovem sofre uma grande reviravolta quando durante o treinamento dos tributos e entrevistas preparatórias, Peeta revela ao mundo um longo e inesperado amor platônico por Katniss. A jovem logo imagina que isto é um tática de Peeta para angariar simpatia e apoio dos espectadores, já que este apoio pode ser crucial a sobrevivência do tributo durante os Jogos.
E assim que os jogos começam, 11 dos tributos morrem no primeiro confronto. Katniss e Peeta conseguem sobreviver ao primeiro dia e terminam se separando. E enquanto os dias passam, a jovem usa de toda a sua habilidade de caça e sobrevivência ao ar livre para se manter viva.
A cada dia, novas surpresas aparecem nos Jogos. E o suposto relacionamentos dos jovens do Distrito 12, termina por mudar as regras, pela primeira vez desde a criação dos Jogos dois tributos do mesmo distrito podem se tornar vencedores juntos.
O jogo muda para Katniss e Peeta, e o que era um romance para ganhar pontos no ibope passa a ser algo muito diferente. As reviravoltas do jogo e a toda a dificuldade de Katniss em sobreviver levam os leitores a sofrer junto com a protagonista e narradora, enquanto descobre um pouco do seu passado e do seu relacionamento com Peeta.
Suzanne Collins traz para o leitor um livro ousado e dinâmico. Bebendo nas melhores fontes de ficção científica, como o já citado Mad Max e a cúpula do trovão, em clássicos como O senhor das Moscas, e o filme The Running Men, com Arnold Schwarzenegger (Baseado em conto do Tio King), entre outras referências. A autora faz uma dura crítica a sociedade atual dos Big Brothers e outros realitys sem, em nenhum momento, deixar o ritmo e a diversão se perderem. Jogos Vorazes é um livro atraente e atual, uma escolha acertada para quem gosta de ficção científica.
E quando comecei este delito, ainda não tinha assistido ao filme, mas agora já vi. Quem costuma acompanha o Beco já sabe que sempre sou bastante crítico com as adaptações, não tenho muita paciência (leia-se saco mesmo) com as “licenças poéticas”  e desvarios que os roteiristas e diretores usam e abusam para hollywoodizar seus produtos, mas neste caso a adaptação até que é bem honesta. Não chega aos pé do já citado Mad Max, porém como adaptação é bem melhor que Ladrão de Raios (eu gosto do livro), por exemplo.
O elenco escolhido tem seus acertos. Jennifer Lawrence é uma gracinha e faz uma Katniss bem passável, Woody Harrelson mais uma vez faz o seu papel de doidão/gente boa (gosto dele, mas já está entrando no piloto automático também) e quem arrebenta bem mesmo e rouba a cena quando aparece é o pai de Jack Bauer, Donald Sutherland como presidente Snow. Cínico como sempre, o velho Hawkeye dá um show: Welcome! We salute your courage and your sacrifice and we wish you Happy Hunger Games!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Oh Diabos….

De volta ao Beco do Crime… e desta vez com um bando de garotos enxeridos. Nos meus tempos de garoto eu era fã do desenho original. E, agora, redescobri o desenho em uma das suas novas versões! Graças a pequenina daqui que ficou doente e quis pegar uns filmes para ver em casa neste periodo.
Estou falando de Scooby-Doo e sua nova série, Mistérios S.A., a décima primeira encarnação do cachorro medroso mais famoso da TV, e a primeira que não  estreou no tradicional Saturday Morning Cartoon Americano. Produzida pela Warner e pelo Cartoon Network, Mistérios S.A. reapresenta Scooby e companhia para um novo público.
Para os que vivem em Marte e não sabem de quem estou falando, aqui está a folha corrida:
Criado no no ano de 1969 por Iwao Takamoto, o desenho conta a história de  um grupo de quatro adolescentes metidos a detetives: Fred Jones, Velma Dinker, Daphne Blake e Salsicha Rogers, que juntos com um enorme cachorro dinamarquês falante, chamado Scooby-Doo, viajam numa van chamada Máquina de Mistério (com uma pintura psicodélica), e ajudam a investigar casos misteriosos nos mais variados locais: casas mal-assombradas, parques abandonados, pântanos e ilhas, ameaçados por fantasmas, múmias, monstros e terríveis vilões.
Os garotos seguem as pistas, fogem dos vilões e, muitas vezes, vêem-se perdidos em labirintos, passagens secretas e porões escuros. Em todos os desenhos, eles se dividem em dois grupos: Fred e Daphne vão por um lado, enquanto Salsicha e Scooby acompanham Velma, que, apesar da esperteza e inteligência, vive perdendo seus óculos e se metendo nas confusões de Salsicha e Scooby.
Os episódios seguem um padrão: depois de uma cena de perseguição sempre com uma interessante trilha sonora, e por meio de algum plano mirabolante com direito a uma armadilha de Fred, os vilões são pegos. Os malvados estão sempre mascarados e as suas identidades são reveladas quando retiram as máscaras. E o culpado é sempre alguém bem conhecido na história e cada vez que são descobertos, saem com esta: "Eu teria conseguido se não fossem por aqueles garotos intrometidos e esse cachorro idiota". Esse bordão (a tradução para a dublagem nacional quase sempre muda as palavras, criando variações das frases) faz parte de quase todos os desenhos e filmes realizados.

Uma passagem rápida com as principais séries do personagem:
Scooby-Doo, Onde Está Você? é a série original teve duas temporadas produzidas entre 1969-1971. De 1972 a 1974, Os Novos Filmes do Scooby-Doo, onde a turma encontrava estrelas do mundo pop e outros personagens Hanna-Barbera para solucionar mais mistérios: Os Globetrotters, Sonny & Cher, Don Knotts, Dick Van Dyke, A Família Addams, Batman e Robin, O Gordo e o Magro, Jeannie é um Gênio e Babu, Os Três Patetas… Quando possível, os próprios astros emprestavam suas vozes à versão desenho. Esta série era interessante, sempre ficava curioso para saber quem seria o convidado da vez.
E 1976, o grupo apareceu no Scooby-Doo-Dynomutt Show, apresentado com outro desenho: Dinamite, o Bionicão. Juntou-se à trupe de Scooby um primo seu, Scooby-Dão e a cadela Scooby-Dee. Confesso que gostava do Bionicão e do Falcão Azul.
De 1977 a 1980 Scooby-Doo apareceu em Os Ho-Ho Límpicos, juntamente com vários personagens Hanna-Barbera, divididos em três equipes e disputando competições olímpicas. Scooby-Doo é o representante da equipe dos "Assombrados". Maneiríssima! Era engraçado ver três equipes disputando alguns jogos só para duas pessoas…
Em 1979, Scooby ganhou um sobrinho: Scooby-Loo, uma versão menor, mas corajosa, tagarela e chata, do cão Scooby-Doo. Scooby, seu sobrinho e seus amigos humanos apareceram ainda em vários segmentos e aventuras por toda a década de 80. Chata para cacete!!O tal do Scooby-loo é um dos personagens mais chatos que já vi…
Entre 1988 e 1991 um novo show foi produzido: O Pequeno Scooby-Doo ("A Pup Named Scooby-Doo"). Seguindo a moda da época, os personagens voltaram para o jardim de infância… Revendo alguns episódios hoje, vejo que nem era ruim.
Em 2002,  sai o filme "Scooby-Doo - O filme", com o elenco: Matthew Lillard (Salsicha), Freddie Prinze Jr. (Fred), Sarah Michelle Gellar ("Buffy") (Daphne), Linda Cardellini (Velma) e Rowan Atkinson, o "Mr. Bean", que faz Mondavarious, o vilão da história, fraco…  seguido por Scooby-Doo 2 - Monstros à Solta (2004) mais fraco ainda... . Em 2009, o terceiro filme  Scooby-Doo! The Mystery Begins, foi lançado para comemorar os 40 anos do personagem. Com um elenco completamente novo (Robbie Amell como Fred, Hayley Kiyoko como Velma, Kate Melton como Daphne e Nick Palatas como Salsicha), o filme conta a história de como a Mistério S.A. foi formada. Dos filmes de carne e osso, este menos badalado foi o mais interessante.
Em outubro de 2002, foi lançado O que Há de Novo, Scooby Doo? (What's New Scooby Doo?). São episódios inéditos do cachorro medroso e sua trupe. A grande novidade fica por conta da Internet e o redesenho dos personagens que cometeu a heresia de eliminar o lenço de Fred e mudar a roupa da Daphne… Esta série ainda gerou alguns longas animados e diferente dos outros desenhos da trupe, os fantasmas, bruxas e aparições muitas vezes eram reais o que tirava a graça dos desenhos. Nos outras encarnações, sempre existiu um culpado de carne e osso… Para mim, esta direção tomada foi um grande erro, o barato da história era ter alguém real e com algum motivo (normalmente financeiro) por trás dos mistérios.
Em 2007 estreou no Cartoon Network o seriado Salsicha e Scooby Atrás das Pistas (Shaggy and Scooby-Doo Get a Clue). Nesta série, Salsicha e Scooby atuam sozinhos para ajudar o tio Albert Shaggleford contra o malvado Dr. Phybes, e, ao contrário das outras séries, essa segue uma seqüencia e não tem nada a ver com os anteriores além de pouquissima participação do restante da turma, sem falar que os desenhos desta vez são horrorosos…


Agora, que todo mundo já está devidamente apresentado, voltamos a programação normal e a Mistérios S.A. Assim como nas últimas versões do desenho, os personagens foram mais uma vez redesenhados, mas desta vez trazendo de volta as características originais sem cometer os erros das duas versões anteriores. Fred está com seu tradicional lenço no pescoço (o que proporciona algumas ótimas piadas). O trabalho de atualização dos traços do desenho foi muito bem feito e vai agradar em cheio os puristas como eu. Os fundos dos desenhos todos trabalhados no computador são mais realistas e sombrios como pede o século 21, o visual mais moderno e sério foge bastante das versões anteriores do desenho e busca inspiração nos episódios originais. Mas diferente das outras séries, Mistérios S.A usa o expediente de temporada que o americano está habituado, cada episódio tem a sua trama mas está tudo amarrado em um trama principal que vai se desenrolando por toda a temporada.
Um pouquinho da história agora, Fredrick "Fred" Jones, Jr., Daphne Blake, Velma Dinkley, Norville "Salsicha" Rogers, and Scooby-Doo formam uma equipe chamada Mistérios S.A., especializada em resolver mistérios na pequena cidade de Baia Crystal (em outras versões os personagens vinham de Coolsville). A cidade tem um passado de estranhos desaparecimentos e registros de fantasmas e monstros, o que lhe valeu a alcunha de “lugar mais assombrado da Terra”. Esta fama é explorada pelo turismo local, e algumas pessoas não ficam felizes com o sucesso dos jovens em resolver os mistérios e revelar os charlatões e embrulhões que estão por trás dos esquemas.
Mas nem tudo é suspense em Mistérios S.A., há tempo para o amor também... Pela primeira vez nos desenhos, a turma assume alguns relacionamentos, Daphne é declaradamente apaixonada por Fred que apesar de sentir da mesma forma não consegue assumir a sua paixão. E Velma e Salsicha estão namorando, o que provoca muito ciúme em Scooby-doo.
Além disto alguns personagens que já apareceram em outras versões voltam a dar a cara aqui, como Vicent Van Doido e as Hex Girls, uma banda de rock feminina.
Logo abaixo, alguns videos da turma para vocês curtirem e recurtirem se for o caso... E lembrando que o Beco do Crime agora está também no Facebook, você podem curtir aí do lado.




Divirtam-se! Quem gostou pode comprar clicando nas capas aí debaixo: 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Conheça a mais estonteante agente secreta

Estou atrasado, estou atrasado, disse o Coelho Branco, passando afobado por Alice.  O simpático personagem de Lewis Carroll é um ótimo exemplo do meu momento com o Beco do Crime. Mas não é sobre o Coelho o delito de hoje. E, sim sobre uma personagem que está meio esquecida: Modesty Blaise.  
A bela surgiu primeiro nos quadrinhos em 1963. Imaginada pelos ingleses Peter O'Donnell e Jim Holdaway, Modesty Blaise é uma jovem de inúmeros talentos com um misterioso passado criminoso.  Me lembro vagamente da personagem nas tirinhas de jornal, junto com Dick Tracy mas, confesso que nunca me chamou a atenção. Até que na minha mania de fuçar todas as estantes de livros que passo, achei um exemplar de Dente de Sabres, numa estante escondida embaixo da televisão da casa do meu avô. O livro já estava amarelado, capa quase caindo, mas tinha uma bela moça na capa, e por volta dos meus quinze anos, fiquei empolgado com o que poderia achar naquelas páginas ressecadas.
A história de Modesty Blaise começa em 1945: uma jovem sem nome escapa de um campo de refugiados em Kalyros, Grécia. Sem lembranças do seu passado, a pequena vagou pela mediterrâneo, oriente médio e norte da África após a 2ª Guerra, e aprendeu a sobreviver sozinha. Até fazer amizade com um outro refugiado, um velho professor de Budapest, Lob, que a educa e batiza de Modesty (o sobrenome Blaise, ela incorporou por conta própria). Com a morte de Lob, Modesty mais uma vez se vê sozinha, e, por obra do destino, termina por conquistar o controle de uma gangue criminosa no Tânger e a expande a nível internacional e a denomina “A rede”.
Durante esses anos negros, ela conhece o homem que mudaria sua vida, o inglês, Willie Garvin. Modesty salva Garvin de uma vida perdida e desesperada e acreditando no seu potencial, oferece a ele um emprego na Rede. Willie, agradecido, se torna o braço direito na organização e seu melhor amigo. Em todas as histórias fica bem claro que o relacionamento entre os dois é estritamente platônico, tanto que os dois se envolvem com outras pessoas durantes as histórias.
Modesty, inclusive, se casa com o James Turner, em Beirute, e consegue a nacionalidade britânica, mas o casamento termina de maneira trágica, com a morte de Turner em decorrência do alcoolismo… mas com o dinheiro da Rede e sua nova identidade, Blaise se muda para a Inglaterra, logo seguida por Garvin.
Mas os dois sentindo falta dos dias agitados da Rede, começam uma amizade com  Sir Gerald Tarrant, um alto oficial do Serviço Secreto Britânico e passam a viver inúmeras aventuras. E graças ao seu passado criminoso, Modesty consegue resolver inúmeras encrencas internacionais de maneira peculiar e com metodos não muito ortodoxos. Assim como em Dente de Sabre, o livro em que descobri a personagem, a trama do livro é a seguinte:
Karz é um lider militar mongol com um vasto exército de altamente treinados mercenários escondidos nas montanhas que cercam o afeganistão. O objetito de Karz é invadir e ocupar o Kwait (deve ter sido daqui que o Saddam roubou a idéia....) Mas, falando em idéias infelizes, o mongol resolve que Modesty Blaise e Willie Garvin são os nomes ideais para comandar duas tropas do seu imenso exército, apesar de saber que a dupla não está no mercado...
Enquanto isto, Sir Gerald Tarrant escuta rumores que inúmeros mercenários estão aceitando um misterioso contrato e sumindo da face da terra... O que acarreta o cruzamento de todas as histórias...
O passado de  Modesty é revelado durante suas inúmeras histórias, a personagem além dos quadrinhos, apareceu em vários livros (com vários escritores) e em alguns filmes.
Bela, jovem, sedutora, excelente lutadora, rica, com um passado misterioso, Modesty Blaise é uma excelente personagem para Hollywood que fica inventando Salts, e afins para Angelina Jolie… até hoje tudo que se conseguiu foram algumas adaptações capengas… apesar da versão da década de 60 ter a bela Monica Vitti no papel de Blaise. Nem mesmo o apoio de nomes como Tarantino e Neil Gaiman, que trabalhou em uma versão de roteiro, conseguiu levar o personagem de volta ao sucesso…
O fato é que Modesty Blaise é mais um personagem clássico que caminha a passos largos para a obscuridade, assim como Mandrake, Flash Gordon, Tarzan e outros, ou até que Hollywood resolva assassinar de vez, como fez com o Fantasma de Lee Falk, com o horroroso filme com o Billy Zane… Um verdadeira pena… Modesty Blaise merece muito mais….
Para quem gosta de relíquias, aí embaixo está o trailer da primeira versão do filme, com Monica Vitti.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cheiro de óleo diesel

Amigos meliantes, tem Delito novo no Beco do Crime. E caramba, acho que deste vez me superei! Consegui juntar no mesmo delito, Stephen King, filme B, anos 80 e rock and roll! Como? Com Maximum Overdrive.
Comboio do terror, como ficou conhecido aqui em Terra Brasilis, é a primeira e única incursão de King na direção (até agora). O filme é de 1986, vai tempo… e assisti pela primeira em VHS (é capaz de ter gente lendo isto aqui que não sabe nem do que se trata) alugado no videoclube, depois assisti em algumas sessões de terror das altas madrugadas, quando fiz a minha própria cópia em Vhs…
A trama é inspirada no conto Trucks, e começa quando a terra passa pela cauda de um cometa. Inexplicavelmente as máquinas começam a ganhar vida própria. Caixas eletrônicos chamam os clientes de babacas (nesta cena, o cliente é o próprio King, no seu momento Hitchcock), máquinas de refrigerantes cuspindo latinhas nas pessoas, facas elétricas atacando cozinheiros, pontes levadiças subindo sozinhas e causando o caos, carrinhos de controle remoto atacando cachorros, cortadores de gramas fora de controle...
Logo o espectador é levado para o Dixie Boy, uma furreca parada de caminhões perto do nada e próxima de lugar nenhum, mas na rota de grandes caminhões.
Os frequentadores e funcionários do local pouco a pouco começam a perceber que algo estranho está acontecendo. Vários caminhões começam a chegar e cercar o posto e o clima vai ficando opressivo.
A situação piora e quando os caminhões começam a exigir comida (os veículos querem ser abastecidos) os sobreviventes percebem que estão virando escravos de suas próprias criações e a única opção que se apresenta é a fuga para um outro local, uma ilha chamada Haven Island, a alguma distância da costa da Carolina do Norte, onde veículos e outras máquinas não são permitidos.
Quem assume o comando dos sobreviventes é Bill Robinson, interpretado por Emilio Estevez, o irmão sóbrio de Charlie Sheen. Com um carregamento de armas que estava escondido no porão do posto, a turma parte do Dixie Boy rumo a marina, mas são perseguidos por um monstruoso caminhão que tem uma cabeça do Duende Verde na frente (!) e liderava os caminhões no cerco a lanchonete.
O filme tem um ritmo intenso, e visto depois de um tempo, mostrou mais qualidades do que eu lembrava. É bem claro que um filme com este enredo não pode ser levado a sério, e com este espírito, vira uma grande diversão… Com um muito humor negro, a obra foge das premissas sombrias que costumamos encontrar nos trabalhos de King e tem um ar mais camp, não se sabe se proposital ou não, mas que funciona. E a trilha Sonora a cargo do AC/DC é um show parte, com direito a uma van da banda sendo destruída na ponte levadiça rebelde. Clásssicos como Who Made Who, You Shook Me All Night Long, e Hells Bells foram lançados nesta trilha

No elenco, além de Emilio Esteves (que teve uma carreira que também nunca decolou), temos alguns nomes interessantes, com Pat Hingle, o comissário Gordon dos Batmans de Tim Burton e Joel Schumacher e Yeardley Smith, a voz original de Lisa Simpson.

Outra ponto a se destacar, ainda não se falava em merchandising nesta época (pelo menos nos níveis de hoje) mas vários caminhões do cerco tinha marcas pintadas nas carrocerias, alguma bem conhecidas como Bic. Imaginem hoje quando não valeria esta inserção em um filme.
Por esta obra, King foi indicado ao prêmio Framboesa de Ouro e jurou nunca mais dirigir um filme novamente. Mas em uma entrevista mais recente, já reconsiderou e disse que pode tentar de novo. Talvez o mais sábio seja ficar nas participações especiais no estilo Hitchcock, é menos vergonhoso... O fato é que Maximum Overdrive fez a minha alegria em algumas madrugadas e de outros loucos fãs do King que conheço. Quem não conhece o filme, mas gosta de fortes emoções, pode correr atrás. Mas é melhor correr logo, hollywood já disse que pretende refilmar o filme, e como sempre é melhor esperar o pior destes remakes...
Aí está o trailer para vocês curtirem e um bonus: o clipe de who made who, do AC/DC com a cena de Stephen King no Caixa.



terça-feira, 24 de maio de 2011

Por tutatis

Há uns dias li uma notícia muito louca sobre espólio de Asterix, Uderzo (um dos criadores do personagem junto com Goscinny) processava a sua filha, que por sua vez, tentava interditar o pai. O fato é que pelo que li, o imbroglio não parece ter uma solução a curto prazo. Mas reacendeu o meu interesse pelo personagem. Para quem não conhece o personagem, um breve resumão:
Asterix é uma série de histórias em quadrinhos criada na França por Albert Uderzo e René Goscinny no ano de 1959.
As suas primeiras histórias apareceram na revista Pilote, ainda em  Outubro de 1959. E o primeiro album, Asterix o Gaulês, foi editado em 1961. E, a partir daí, passaram a ser publicados anualmente. Após a morte de Goscinny, Uderzo prosseguiu o trabalho, e afirmava que não queria que continuassem a série após a sua morte, mas parece que mudou de idéia (e daí começou toda a confusão familiar).
Até hoje foram lançados 33 álbuns com o personagem, e lembro que quando crescia li quase todos. Junto que outros amigos, também fãs do gaulês, a gente reveza os albuns. Procurávamos sempre comprar albuns diferentes para logo completar a leitura de toda a série e um ou outro era bem difícil de achar, como Asterix e grande travessia, mas Asterix e o domínio dos deuses tinha até na banca da esquina...
Um grande barato é que as histórias sempre começam iguais: "Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor. E a vida não é nada fácil para as guarnições de legionários romanos nos campos fortificados de Babaorum, Aquarium, Laudanum e Petibonum..."
Asterix vive nesta pequena aldeia e para resistir ao domínio romano, ele os outros aldeões contam com a ajuda de uma poção mágica que lhes dá uma força sobre-humana, preparada pelo druida da aldeia, Panoramix. A exceção é o seu melhor amigo, Obelix, que caiu dentro de um caldeirão cheio da poção quando ainda era um bebê, e daí adquiriu permanentemente a superforça.
Uma pequena lista dos personagens principal:
Asterix, o herói gaulês, bigodudo, brigão, é dono da bola e o melhor amigo de Obelix.
Obelix, fabricante de menires. Adquiriu força sobre-humana permanente ao cair dentro de um caldeirão cheio de poção quando era um bebê. Adora o cachorrinho Idéiafix, o qual o acompanha em suas aventuras com Asterix. Só pensa em duas coisas: comer javalis e bater nos romanos. 
Companheiro inseparável de Asterix, sempre disposto a uma boa briga.


Panoramix, o velho druida que aconselha Asterix, Obelix e o chefe Abracourcix – é o único a saber preparar a poção mágica.
Abracourcix é o chefe da aldeia. Bonachão, confia plenamente na dupla Asterix e Obelix, apesar das confuses que eles promovem.
Chatotorix, o bardo da aldeia. Péssimo cantor, mas um bom companheiro.  Toda a vez que começa a cantar, cai uma tempestade.

A lista de personagens é vasta e vários nomes do período histórico dão as caras nos albuns, como Julio Cesar e Cleópatra.
O humor de Asterix é tipicamente francês, com trocadilhos, caricaturas e estereótipos e muitas piadas com ícones do século XX devidamente “asterixados”, como os Beatles (ao visitar a Bretanha encontram-se quatro bardos famosos e narigudos com um corte de cabelo esquisito) ou Cleópatra claramente inspirada em Elizabeth Taylor.

Sem falar nos trocadilhos com nomes dos personagens. Todos os povos têm terminações comuns de nomes: os gauleses terminam em -ix, os romanos em -us (Acendealus, Apagalus), normandos em -af (Batiscaf, Telegraf), bretões em -ax e -os (Relax, Godseivezekingos), egípcios em -is (Pedibis, Quadradetenis), gregos em -os e -as(Okeibos, Plexiglas), vikings em -sen (Kerosen, Franksen), godos em -ic (Clodoric, Eletric), e hispânicos nomes compostos (Conchampiñon & Champignon, Lindonjonsón & Nixón).
Algumas piadas são comuns a todos os albuns como o  bordão de Obelix é "Esses [o nome do povo] são uns loucos", sendo "romanos" o povo mais frequente. O horripilante canto de Chatotorix,  geralmente impedido por Automatix, o ferreiro da aldéia, com uma porrada. Os piratas que ao se encontrarem com Asterix e Obelix, têm seu navio afundado (muitas vezes, eles afundam o barco para não apanhar da dupla).
Os quadrinhos de Asterix são uma obra-prima e alegraram minha infância e merecem estar no Beco do Crime. Mas até então, nunca tinha sentado para assistir nenhum dos filmes (o quarto já está em produção) – já tinha visto uma primeira animação e tinha gostado, mas o filme com Gerard Depardieu como Obelix passou batido. Com a polêmica entre pai e filha, lembrei do personagem e resolvi assistir ao filme.
O filme tem tudo dos quadrinhos! O visual é sensacional, o franceses gastaram uma grana para fazer um produto digno de seu patrimonio cultural (os gauleses tem um parque temático com mais visitantes que a eurodisney), Depardieu é o próprio Obelix, Christian Clavier também faz um Asterix passável. A aldeia está lá, assim com todos os amados personagens. Mas alguma coisa não funciona… o roteiro é uma colagem de vários albuns, e lá pelas tantas vira um samba do crioulo doido… com um final mais confuso ainda… e além disto, ainda tem o chato do Roberto Benigni, exagerado e careteiro, tá certo que o personagem dele deveria ser irritante, mas o cara passou da conta…
Falta o charme dos quadrinhos, a adaptação muito literal de tudo elimina as surpresas, para um fã do personagem fica bem fácil adivinhar o que vem a seguir, por mais que a gente espere uma adaptação fiel, alguma coisa diferente tem que acontecer, senão é mais fácil e gostoso ler os albuns… valeu a intenção, mas ficou só nisto… um dia, tomo coragem e assisto ao Segundo filme, para ver se acertaram a mão.




Só nos resta aguardar a nova animação, a primeira em 3d, com a turma de Meu malvado favorito.
Aí embaixo, se clicar nas capas, vocês podem comprar os albuns.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Mulheres no comando

Enfim, hora de tirar a poeira da casa e começar a colocar as coisas em ordem. Então, é hora de delito novo no Beco. Desta vez, livro! E de mulher, mas não de mulherzinha! A autora já foi chefe do serviço de inteligência Britânica, o MI-5, e não estou falando de Judi Dench, e sua M (antes que me avisem eu sei, que M é chefe do MI-6), e sim de Stella Rimington. Dame Stella, que foi a primeira mulher a chefiar o lendário MI-5, estreia na literatura com o livro Em Risco, um obra ágil e esperta, e digna de figurar aqui no Beco do Crime.
Em risco apresenta para os leitores a agente Liz Carlyle, membro da Junta Antiterrorista (nominho ruim da porra, ô tradução, podia repensar isto, hein?). Experiente, bonita, destemida, Liz, a partir de informações desencontradas que chegam a sua agência, começa a montar um assustador quebra cabeças: tudo indica que a Grã-Bretanha será alvo de um "invisível". (Nota do Gênio do Crime: Na comunidade das agências de inteligência, um invisível é o pior pesadelo a ser enfrentado. Invisível é um terrorista "nativo" do país alvo, e por isto capaz de atravessar fronteiras, se mover sem ser detectado e agir como uma cidadão comum.) E para enfrentar esta ameaça, tudo que Liz e sua equipe tem como ponto de partida é o assassinato de um pescador chulé numa localidade remota com uma incomum munição militar usada por agentes estrangeiros.
A partir daí, o ritmo da história é intenso e Stella Rimington usa de todo seu conhecimento e experiência para criar uma trama real e atrativa, sem menosprezar os leitores. Já falei em outros delitos, não suporto autor "que rouba" ,que acha que vai enganar o leitor com uma solução inviável... Não é o que acontece aqui, Em risco é uma obra muito bem amarrada, e por Stella conhecer (e bem) o assunto que está tratando só valoriza ainda mais o livro. A autora britânica mostra um surpreendente talento para uma iniciante. Stella tem um timing perfeito, e como, quem abre uma Matryoshka, vai revelando apenas o suficiente para manter o leitor preso e atento a história.
 
Eu tenho alguns parâmetros para julgar um livro (Muitas vezes, o fato de um livro ser bem escrito não significa que ele é um bom livro, pelo menos para mim). Gosto é algo bem subjetivo e nem sempre o que agrada um, é bom para outro. Daí o uso destes parâmetros: o tempo que levo para ler, os momentos que paro para ler este livro... e quando o livro é bom mesmo, as vezes, fico "poupando" para a história render mais. E foi isto que aconteceu com este livro, devorei o livro, carreguei para cima e para baixo na mochila, e ainda fiz o máximo para esticar a história, não queria que terminasse e quando acabei já estava com saudades de Liz.
Este é o primeiro livro de Stella, mas confesso que me apaixonei de cara pela agente Carlyle. A personagem é real, ao mesmo tempo que procura terroristas, Liz enfrenta problemas normais de um mulher solteira e não é apresentada como uma mulher maravilha. Além disto, os personagens coadjuvantes são muito bons, Charles Wetherby, o chefe e mentor de Liz e Bruno Mackay, agente do concorrente MI-6 (casa do James Bond) que desperta o interesse (desinteresse?) do Liz, são personagens que devem voltar nos próximos livros e relação dos três promete muito. Do lado de cá, espero logo que venham outros livros da personagem. Estamos muito precisando de protagonistas femininas para fazer companhia a Jack Reacher, Cliff Janeway, Jack Ryan, Harry Bosch e outros! Bem vinda ao Beco do Crime, Liz Carlyle. E, eu também espero voltar logo! Quem se interessar, pode comprar o livro clicando na capa aí debaixo.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Na mosca!

É, galera, sem desculpas e direto ao que interessa! O resto da vida pode passar um tempo sem mim (mas não muito... tem gente que fica nervosa quando eu sumo...). Já estava mais que na hora de vir no Beco, espantar as aranhas, varrer os ratos e mostrar que tem gente viva por aqui. Então, sem mais blá, blá, blá, delito na área.
A literatura de modo geral é pródiga de heróis solitários, desde os clássicos do noir, com Sam Spade e Lew Archer, aos homens de ação modernos, como Jack Ryan, Sean Dillon, Scot Harvat ou Robert Langdon. Em comum, todos estes personagens são portos seguros para seus criadores, vendas certas e aparecem em vários livros, tem potencial para cinema, vide Jason Bourne. e vai se criando uma mitologia em torno deles. Gosto de todos os citados acima, e ainda posso falar dos advogados, Dismas Hardy, Sandy Stern e Rusty Sabbich, ou dos detetives, Harry Bosch e Terry Caleb. Todos são ótimos personagens, com ótimos livros, mas como tenho que escolher um para falar desta vez, uni duni tê, o escolhido foi: Jack Reacher!
Reacher é o personagem principal dos livros do inglês Lee Child. O personagem nasceu no dia 29 de outubro de 1960, em uma base militar situada em Berlim. Filho de militar, Jack foi criado em postos militares por todo o mundo, e seguindo os passos do pai, logo se alistou, e serviu com grande distinção, participando de combates no golfo e outras guerras. Desiludido com o exército, Reacher deu baixa, e decide viver a vida...
Sem rumo, sem laços e sem obrigações, portando apenas um cartão de banco e a roupa do corpo, passa a vagar pelos Estados Unidos. Sua fonte de renda é a sua pensão do exército e, eventualmente, o dinheiro que tira de seus inimigos. A sua desculpa é que deseja conhecer o seu país, já que passou a maior parte da vida fora, em bases militares espalhadas por todo o planeta.
Com sangue frio e treinamento militar, Reacher não é adepto da teoria “quando um não quer dois não brigam”, em situações críticas, ele sempre prefere agir primeiro. Segundo ele, quem der a primeira porrada, quase sempre ganha a briga... Além da altura acima da média e do porte de soldado, Reacher traz como herança dos seus anos como policial militar (polícia do exército, diferente da nossa PM) um senso de justiça incomum, e uma enorme habilidade de estar no lugar errado, na hora errada... Normalmente, quando começam suas histórias...



Já li vários livros dele, Dinheiro Sujo, Destino: Inferno (este foi o último, excelente) The Enemy, Bad Luck and Trouble, Nothing To Lose, mas conheci o personagem no livro Um Tiro.
A Trama é simples mas sensacional, começa com a descrição dos passos de um franco-atirador em direção a uma chacina: com controle, precisão, tranqüilidade e seis disparos, cinco alvos são atingidos em frente à sede de uma afiliada da rede NBC (atenção para matemática; 6 disparos, 5 alvos, um tiro...). Pânico, notícia e mistério: todas as evidências apontam para James Barr, um veterano da Guerra do Golfo, como o principal suspeito dos crimes. Barr, alega inocência. E após ser preso dentro de casa pela SWAT, é levado à prisão e fica em silêncio até ser interrogado pelo advogado de defesa David Chapman. "Achem Jack Reacher” é o seu único pedido. A tarefa se mostra complicada para os policiais e para o advogado de defesa, já que ninguém sabe o paradeiro de Reacher após a dispensa do exército.
Por puro acaso, Jack toma conhecimento do caso, e movido, a princípio, por curisiodade resolve sair de Miami, onde curtia um periodo de calmaria e uma bela norueguesa, e escutar o acusado. Então, seu passado de investigador vem a tona e ele toma para a si, a tarefa de descobrir o que realmente aconteceu naquela tarde. Todo mundo sabe que é não é do meu feitio contar o fim das histórias aqui no Beco, então, quem ficou curioso, pode ler o livro sem medo. Jack Reacher é garantia de boa história, um tiro na mosca! (não resisti ao trocadilho...)
Algumas curiosidades: Jack é apaixonado por música, especialmente por Blues, tem um dom matemático impressionante, sempre que precisa matar o tempo, Reacher começa a fazer as mais loucas contas, além de ser viciado em café. E, assim como eu, sempre se senta de costas para a parede, de modo que não possa ser atacado por trás. (juro, é verdade, não sei por que, mas tenho medo de ser esfaquedo pelas costas...)
Agora, um pouco sobre o meu xará, Lee Child é o nome artístico de Jim Grant. Nascido na Inglaterra, em 1954. Hoje, vive em Nova Iorque. Dinheiro Sujo foi sua estréia, e logo de cara ganhou o prêmio Anthony Award por melhor romance de estreia. O site do cara é este: http://www.leechild.com. As edições nacionais, quem quiser comprar, pode clicar nas capas aí embaixo.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

All in!

Atenção meliantes e fãs do Beco! Novo delito no ar. E rápido vamos ao que interessa. Por mero acaso descobri esta série, nada que me chamasse a atenção a primeira vista, mas olhando com um pouco mais de cuidado descobri alguns pontos interessantes e resolvi assistir para ver do que se trata. Primeira temporada no pen drive e vamos a luta! Depois de metade do primeiro ano visto, posso dizer que a série muito legal! O nome? Castle! e do que se trata? ora, é para isto mesmo que estamos aqui!
A partir do momento que um serial killer usa as tramas dos seus livros como inspiração para seus crimes, o bem sucedido escritor de thrillers Richard Castle, primeiro é interrrogado como um suspeito, porém é inocentado. Curioso com o caso, consegue uma permissão do prefeito de Nova York para acompanhar e ajudar nas investigações. Com uma visão diferente dos policiais, o irriquieto escritor acaba por ajudar muito mais do que o esperado e de quebra desenvolve um interesse pela detetive chefe das investigações, Kate Beckett. O sucesso desta empreitada e o interesse na bela policial, levam Castle a solicitar permissão do prefeito (novamente) para continuar acompanhando o dia a dia dos policiais com a desculpa de fazer pesquisa para o novo livro que está escrevendo (situação que lembra o filme The hard way,1991, com Michael J. Fox e James Woods). Logo, o escritor consegue se tornar popular com os caras do departamento ao mesmo tempo que estabelece uma relação de amor e ódio com a policial Beckett. Com um pensamento fora dos padrões policiais convencional, anos de experiência em criar crimes e criminosos e contatos na alta sociedade de Manhattan, Castle prova ser um excelente aliado para os policiais. Mas ainda tem que continuar a sua vida normal, escrevendo seus romances - A série do personagem Dereck Storm, com 26 romances publicados e a nova série da detetive Nick Heat), criando a esperta filha adolescente (que mora com ele) e aturando a mãe, uma doida diva da broadway que também se aboletou no seu luxuoso apartamento.

Até agora um montão de clichê óbvios de séries policiais, então fica a pergunta, o que Castle tem que merece estar no Beco do Crime? Vamos a parte fácil da coisa, a série tem roteiros excelentes e personagens bem desenvolvidos. Richard Castle é interpretado por Nathan Fillion, conhecido por seu papel de Malcolm Reynolds, na série Firefly, de Joss Whedon. Cínico na medida exata, Fillion está ótimo no papel do escritor milionário que usa suas amizades e dinheiro para conseguir informações e recursos que os policiais comuns não conseguem. O episódio onde reclama do café ruim da delegacia e depois compra uma máquina de expresso é hilário (apesar de meio batido, já tinha visto a piada em outras séries policiais, mas a atuação de Fillion vale o ingresso.) Outro grande trunfo da série, é a detetive Kate Beckett, interpretada pela bela Stana Katic. A atriz consegue uma ótima química com Fillion, seu personagem apesar de fã dos livros de Castle, (a principio) não suporta o escritor, mas aos poucos passa a aceitar a ajuda e intromissão do "detetive", ao mesmo tempo que vai se abrindo ao charme cafajeste dele. E, em nenhum momento deixa passar a oportunidade de dar uma sacaneada em Castle: já o algemou a carros para que não contaminasse uma cena de crime, já o prendeu por levar evidências para casa...

Quando descobre que o personagem do próximo livro do escritor é baseada em nela, fica possessa e não aceita de jeito algum a homenagem, ainda mais quando descobre o nome: Nick Heat, nome de stripper segundo ela! Mas a série é lançada e ao longo das temporadas podemos acompanhar o sucesso dos livros (a título de curiosidade, Heat Wave, o primeiro título da série, foi lançado de verdade pela Harper Collins, estreando no 34º lugar na badalada lista de bestsellers do New York Times)
Mas o que realmente me conquistou, foi o jogo de pôquer do escritor. Nesta primeira temporada, Castle dividiu a mesa com alguns nomes pesados da literatura policial, como James Patterson (criador do detetive Alex Cross - vivido nas telas por Morgan Freeman), Stephen J. Cannell (criador de Esquadrão Classe A, Homem da máfia, Anjos da Lei entre outros) e Michael Connelly (criador de Harry Bosch e Terry Caleb). Ver estes monstros sagrados em situações corriqueiras é sempre muito legal, e jogo do grupo é divertissímo, com todos discutindo técnicas de escrita, e casos de seus personagens, quando descobrem que Castle pretende "matar" seu personagem principal as reações são as mais divertidas, Patterson chega a comentar: você acha que vou meter uma bala na cabeça de Alex Cross? No primeiro episódio, quando a polícia está sem idéias e não sabe como continuar as investigações, Castle, na mesa de jogo, conversa com seus parceiros sobre "um novo livro que está trabalhando" mas que chegou a um impasse que ele não consegue solucionar. A respostas dos outros autores, o leva a resolver os crimes. Com a morte de Cannell, em 2010, o jogo foi suspenso em respeito a memória do escritor e produtor, mas a vida segue, e já foi comentado que o jogo deve voltar logo, e um dos cotados para ocupar o lugar vago é ninguém menos que Stephen King! Aí, sim que não largo mais a série.



Para os fãs de séries, é uma ótima pedida, e confesso que no apagar das luzes, não esperava algo tão bom. (na verdade foram duas surpresas, Castle e Sherlock - que depois da virada eu volto a comentar), e para não perder o jeito, trailer e um promo da 2ª temporada aí embaixo,




quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Elementar meu caro, Noel

Vamos lá, último delito do ano, aqui no Beco do Crime, este está na ponta da língua (do mouse? Do dedo? Sei lá, acho que alguém tem que atualizar estes termos...) já tem um bom tempo.
E para começar, uma celeuma, o delito envolve o maior detetive da literatura, e sinto muito, apesar da minha adoração, não é o morcegão... desta vez, estou falando de mr. Sherlock Holmes, imortal criação de Sir Arthur Conan Doyle.
Conheci o detetive comprido e esquisitão ainda antes de fazer 15 anos. Meu avô sempre me encheu de livros, Jules Verne, Edgar Wallace e dentre eles, um dia veio uma edição de O cão dos Baskervilles. Na época, me lembro que ainda demorei um pouco para pegar o livro, não sei porquê... mas quando comecei, não consegui parar!
Com poucas páginas, já sabia que estava lendo um personagem que iria marcar minhas leituras. A partir daquele livro, os livros de detetives viraram uma febre, mas com um porém, não valia roubar. Ou seja, graças a Holmes e Watson, uma trama deveria ser objetiva e real (na medida do possível para ter um bom livro, é claro)... nada de absurdos ou soluções que ignoravam o que acontecia antes. (um bom exemplo disto é O Crime do Mosaico).
Depois de O cão dos Baskervilles, meu avô, a cada vez que me encontrava, ia completando a coleção, O signo dos quatro (todos os meus amigos leram este, não sei como o livro ainda está inteiro de tanto que rodou...), Um estudo em vermelho, O vale do terror, memórias de Sherlock Holmes, aventuras de Sherlock Holmes... a coleção (pelo menos esta que ganhei) tem nove livros e reúne todas as histórias de Conan Doyle para o personagem.
A primeira leitura de tudo foi meio caótica, sem me preocupar com nada, a medida que ia ganhando os livros eu ia lendo, só mais tarde eu percebi que existia uma ordem cronológica das histórias. As releituras já foram seguindo esta ordem, o que torna a obra muito mais interessante, já que desta forma é possível perceber outras informações que a princípio não eram importantes ou passavam despercebidas.
Antes de continuar, uma breve descrição do personagem para situar os desavisados: Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX. Surgiu no romance A Study in Scarlet (Um estudo em Vermelho) editado e publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual, em 1887.
Além do aspecto erudito, o detetive não demonstra muitos traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser. Mas, em inúmeras ocasiões, Dr. Watson diz que a "máscara gelada" de Holmes cai, dando mais humanidade ao personagem. Holmes apresenta alguns hábitos peculiares como a prática de artes marciais como boxe, esgrima de armas brancas e de bengala. Além disso, é um exímio violinista. Domina misteriosamente e incrivelmente uma vasta quantidade de assuntos do conhecimento humano, tais como Geografia, História, Química, Geologia, Línguas, etc. E este vasto conhecimento é sempre empregado na resolução de seus mistérios.
Fisicamente, Holmes era magro, vigoroso, com rosto agudo, nariz aquilino, olhos cinzentos penetrantes, ombros retos e um jeito sacudido de andar, segundo a descrição do próprio Watson, era uma figura marcante e diferente, capaz de se transformar através de vários disfarces.O seu grande inimigo, também dotado de extraordinárias faculdades intelectuais, é o professor Moriarty. Em 4 de maio de 1911, após uma luta feroz, Holmes e Moriarty desaparecem nas cataratas de Reichenbach, perto de Meiringen, na Suíça. Os protestos dos leitores foram tantos e de tal forma violentos, que Doyle foi obrigado a ressuscitar seu herói após esse verdadeiro assassinato.
Holmes acaba reaparecendo no conto "The Adventure of the Empty House", com a engenhosa explicação que somente Moriarty havia caído e como Holmes tinha outros perigosos inimigos, ele havia simulado sua morte para poder investigá-los melhor. Este é um bom exemplo do “roubar” que falei no começo do post, depois de matar o cara, Doyle conseguiu de maneira lógica, trazer o personagem de volta, sem desrespeitar a inteligência dos fãs, a volta do personagem não é automática, mas gradual, e durante várias histórias, o autor vai insinuando que Holmes poderia ter sobrevivido. (quem gosta de stephen King e leu Misery, sabe que o personagem principal passa por um problema semelhante). Holmes finalmente aposenta-se em Sussex por volta de 1939, onde cria abelhas.
Na obra de Conan Doyle, os personagens se envolvem em inúmeros crimes, e algumas altercações violentas. Mas este espírito aventuresco dos originais se perdeu um pouco pelas várias adaptações que muitas vezes se empenhavam nas descrições vitorianas e aspectos psicológicos e deixavam a ação em segundo plano.
Por isto quando li que Guy Ritchie dirigiria uma adaptação do personagem, e que pretendia focar na ação fiquei empolgado. Mas nem tudo que reluz é ouro, e agora mais polêmica, o filme do inglês não é um filme do Sherlock Holmes! Antes de mais nada, o personagem NUNCA poderia ser interpretado pelo Robert Downey ( acho ele um ótimo ator, mas não era o papel para ele), Holmes é alto, magro, meio desengonçado. Um pouco alienado das coisas triviais é verdade, mas nem perto do que foi retratado no filme! Quando assisti ao filme a sensação que tive era que estava vendo Tony Stark (neste caso, Downey era o cara mais que certo para o papel) que tinha viajado no tempo com um dos seus brinquedinhos... O filme é um filme de ação muito bem feito, mas baseado em uma obra que nem mesmo era do Doyle! Porra! Será que era pedir muito um roteiro em cima de O Cão dos Baskervilles? Muito dinheiro desperdiçado, muito confete para um filme que não era do personagem real... a sensação que tive era: fui enganado... uma pena, confesso que espera muito mais do filme e esperava um pouco mais de respeito por um personagem histórico da literatura mundial....
Algumas curiosidades sobre o personagem, John Lescroart escreveu dois livros com um personagem chamado Auguste Lupa que seria filho de Sherlock Holmes, e para confundir ainda mais, se tornaria Nero Wolfe, de Rex Stout... Holmes apareceu também em uma história do Batman, dando as caras no final da história e o Batman fica meio que sem ação, como um fã nerd...
E a frase do titulo, Elementar, meu caro Watson, nunca foi dita pelo personagem. Foi criada em uma das inúmeras adaptações que foram feitas em cima da obra de Conan Doyle...
Quem quiser uma versão atual de Holmes, pode assistir a série nova da BBC, o trailer está aí embaixo, o personagem atualizado para o ano 2000, é muito mais Conan Doyle que o Holmes de Guy Ritchie e Robert Downey!



Hohoho, um feliz natal para todos. Quem clicar nas capas pode comprar os livros (escolhi os dois que gosto mais).

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

hohoho, ainda não é natal, pô!

Amigos do Beco, tantos trabalhos, tantos projetos que o Beco ficou um pouco parado. Vi tantas coisas, li tantos livros que agora está difícil até escolher o que falar, o que comentar, o que criticar...
Vou tentar facilitar meu lado e o de vocês, e vou inventar o delito “powerpoint”. Vou falar um pouco de um monte de coisa, como uma apresentação do famigerado. Vou tentar fazer de maneira atrativa e organizar tudo de uma forma lógica (ou não... afinal, se ficar muito fácil nao tem graça). E, vamos ao que interessa:

Livros:

Os Crimes do mosaico – o livro de Giulio Leone traz o poeta italiano Dante Alighieri, no papel de um dos priores de florença, que se vê envolvido em uma trama de assassinatos e conspirações. O que me levou a ler o livro foi a obra de C.J. Samson narrando as aventuras do advogado corcunda Mathew Shardlake. Ao contrario dos livros de Sanson, O crime do mosaico deixa a desejar no principal atrativo, a caracterização histórica. Em nenhum momento consegui imaginar a Florença de Dante, o autor não se mostra capaz de realizar a viagem no tempo necessária para criar o clima de época. E neste ponto o livro perde muito... uma decepção, confesso que esperava mais.

Abraham Lincoln, vampire hunter – grande livro. Confesso que não conhecia nada da vida de Lincoln, e nunca imaginei que ele tivesse sido um caçador de vampiros (hehehe). O livro de Seth Grahame-Smith retrata a vida do ex-presidente americano da infância até seu assassinato (?), o autor mostra um grande talento na hora de mesclar os fatos reais com a ficção, muitas vezes usando um para justificar o outro. Fiquei preso nas páginas deste livros, não queria largar. mesmo. Ótima surpresa, mas para os fãs de terror e sangue, para quem gosta de vampiro fosforecente, sugiro outra coisa (os mais sensíveis, podem clicar aqui). E o final é surpreendente.

Os coletores – Livro que deu origem ao filme do mesmo nome, com Jude Law e Forest Whitaker. Eric Garcia, autor também de Matchstick Man (que virou o filme Os vigaristas), arrebenta com a história de um coletor de órgãos artificiais que após um ataque cardíaco recebe um coração mecânico e tem que fugir dos seu antigos empregadores. Muito legal! Escrito como um diário deste coletor azarado, o autor consegue prender a atenção a medida que vai revelando o que levou o personagem a esta situação. Gostei muito, fiquei curioso para ver o filme e para conhecer as outras obras do autor. O que nos leva a parte dois deste delito:

Filmes:

Anonymous Rex – Baseado no livro do Eric Garcia, aí de cima (grrrr, não consegui o livro...), o filme feito direto para o sci-fi channel, parte da premissa que os dinossauros não foram extintos, mas evoluíram junto aos humanos e vivem escondidos entre nós, disfarçados como gente comum. O personagem principal é Vincent Rubio, um t-rex que trabalha como detetive particular e tem que desvendar o assassinato do irmão da namorada do sócio, o filme é bem legal (com as devidas limitações de um telefilme, que fique claro), no elenco a gente encontra Sam Trammell, de True Blood e Daniel Baldwin, um dos irmãos (bem) menos famoso do Alec. Divertido, mas com restrições, já estou sabendo que aconteceram várias “adaptações” em relação ao livro.

Zombies Strippers – Já falei aqui no Beco deste filme, mas ainda não tinha conseguido assistir, agora já assisti. E, bom, para quem estiver curioso e quiser ver, uma recomendação: limpe a mente, prepare o espírito e divirta-se. É o filme perfeito para terça feira a noite. Sem compromisso, sem pretensões, e depois esqueça tudo que assistiu. E conta com a presença de Jenna Jameson e Robert Englund, o Freddy Kruger original, em um papel impagável como o proprietárido do bar onde a estória (?) se desenrola. filme b típico.

Dirty Harry – quem gostou do capitão Nascimento, vai adorar as histórias de Harry Calahan. Interpretado por Clint Eastwood, “Dirty” Harry Calahan é um policial violento e disposto a fazer qualquer coisa em busca da justiça! Sempre em conflito com um superior “bundão” muito mais preocupado em agradar as autoridades máximas de São Franciso do que em combater o crime, Harry resolve seus casos a bala, cada tiro, um corpo. O primeiro filme da série, Dirty Harry é um filmaço, e é onde a gente ouve pela primeira vez a frase: “Do I feel lucky? Well, do ya, punk?”. E “Go ahead, make my day”, do filme de 83 foi eleita a frase mais conhecida do cinema, ficando a frente de “I’ll be back” de Schwarzenneger em O Exterminador do Futuro. O legal de assistir a estes 5 filmes hoje é ver o velho Clint bem novo, diferente do que já estamos acostumados. Não importa o gênero, é para quem gosta de bons filmes!

Blind date – um aviso aos afobados, não é pornô! Um dos últimos filmes do gênio Blake Edwards, traz um Bruce Willis saindo da TV para o cinema no papel de Walter Davis, um pobre contador que tem sua vida virada de cabeça para baixo quando aceita levar Kim Basinger (ainda uma supermodelo e não atriz) para um jantar de negócios de sua empresa. Ótima comedia, a química de Willis e Basinger está perfeita, e o filme apesar de velho, ainda arranca boas gargalhadas.

Próximo passo, séries de TV:

Hawaii 5-0 – lembro de dormir ao lado do meu pai quando era moleque e ele assistia a esta série, tinha boas lembranças do pouco que não assisti (hehe), por isto fiquei curioso em ver a série nova. Tenho acompanhado semanalmente, e até agora não me arrependi, muito boa! Os episódios estão cheios de ação, são bem amarrados, o elenco está muito bem, com o Scott Caan dando um banho como o haole (quem não entender, pode procurar no google). Alem disto o visual do hawaii ajuda muito, sem falar na Grace Park. Por enquanto está valendo.

True Blood ­– já está na 4 temporada... e eu ainda estou para terminar a segunda... Estou indo devagar mesmo, curtindo aos poucos. Antes de começar a assistir, li o primeiro livro de Charlaine Harris, gostei, então resolvi arriscar. A série é bem legal, com a Anna Paquin desfilando de shortinho quase que o tempo inteiro. A primeira temporada acompanha o primeiro livro quase que inteiro com poucas adaptações, nada que quebre o ritmo ou que atrapalhe o desenrolar da história. A segunda está indo bem, apesar de já ter escutado que é a mais fraca.

The Walking dead – Seis episódios e um gosto de quero mais... excelente! Agora é segurar a ansiedade enquanto espero a próxima temporada. Zumbis muito bem feitos, um requinte visual apurado, uma das melhores séries que já vi (até agora). Durante esta espera vou me concentrar nos quadrinhos que ainda não li. O que nos leva ao próximo nível deste prosaico delito. Já escutei algumas pessoas reclamando do final da temporada, confesso que achei bem legal, não consigo imaginar o que eles queriam, todo mundo sentado, almoçando feliz, pô?

Quadrinhos:

Umbrella Academy – Tenho lido pouca coisa, mas posso destacar que ter um exemplar autografado pelo Gabriel Bá já é um grande plus. A série é bem interessantee descompromissada (mas não desleixada, há uma grande diferença). Criada e escrita por Gerard Way, da banda My Chemical Romance e desenhada pelo Gabriel, a série acompanha a história dos membros da Umbrella Academy, um grupo de jovens com poderes especiais. Mal tinham nascido, cada um desses super-heróis modernos foi levado para morar com o senhor Reginald Hargreeves (um alienígena que se passava por um famoso empresário), a fim de serem treinados para salvar o mundo de uma ameaça ainda não identificada. Muito louco! Foi uma das coisas legais que li neste período, sem falar nas capas de James Jean. Aguardo os outros volumes e Casanova.

Cowboys e Aliens – sou fã do Jon Fraveau, então quando vi que ele iria dirigir a adaptação, resolvi conferir o original antes. Confesso que me decepcionei, achei a idéia muito legal, mas a execução da coisa deixou a desejar... Os desenhos não são nada demais, e a história é toda truncada com saltos de tempo, bem fraquinha... e quando comparei a história com a sinopse do filme, notei que são duas coisas bem diferentes... fiquei até com a sensação de que li a história errada...

É galera, fico por aqui, espero ainda voltar antes do natal.