terça-feira, 22 de abril de 2008

mais pérola...

Semana curta, post curto... o post de hoje é quase um adendo do post da semana passada. Estou guardando assunto novo para semana que vem...
Pelo menos desta vez existe uma grande companhia por trás do filme, e a possibilidade de achar esta pérola um dia nas locadoras existe.
Vamos ao assunto rapidinho, o filme chama-se Zombie Strippers! A trama é a de todo o filme de zumbi: em um futuro próximo, um vírus de reanimação de corpos, projeto secreto do governo, acaba solto em uma pequena cidade do interior dos EUA. A diferença é que desta vez o vírus vai parar em um clube de striptease.
O filme tem no elenco Robert Englund, o Freddy Krueger da série A hora do pesadelo e a super porn star Jenna Jameson. O filme está muito mais para comédia do que qualquer outra coisa, graças a Deus...
Filme de zumbi sempre tem seu público, e é impressionante a criatividade da galera, depois dos zumbis molengóides do inglês Edgar Wright (Shaun of the Dead) ou dos espertos de Zack Snider (Dawn of the dead) e Danny Boyle (28 Days Later...), dos clássicos de George Romero, ou mesmo o zumbi mascote de Fido, agora surgem os zumbis dos poles dance... Eu imaginava que não fosse possível, mas os roteiristas de Hollywood conseguem se superar a cada minuto...
O site oficial da pérola: http://www.sonypictures.com/movies/zombiestrippers/index.html
Para vocês entenderem a razão do post, aí embaixo está o trailer:



quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pérolas que nunca veremos por aqui...

Bom, já resolvi o problema do night club, agora temos um bom som tocando no Beco. Meus últimos delitos foram muito caretas, então desta vez, resolvi pegar um pouco mais pesado... Me lembrei de ter lido algo sobre este filme há algum tempo e resolvi checar nas catacumbas do Beco se conseguia alguma outra informação. Descobri pouca coisa, mas o que achei vale a postagem...
O filme da vez se chama: Werewolf in a women’s prison (a tradução ficaria algo como Lobisomem numa prisão feminina), e o filme é uma trasheira só... E é apenas mais um filme que nós aqui da Terra Brasilis dificilmente teremos a oportunidade de ver, seja no cinema, dvd, ou televisão... Há algum tempo, algumas emissoras ainda passavam uma ou outra trasheira na madrugada, mas hoje em dia me parece que vender tapete é mais interessante...
O filme tem direção e produção dos ilustres desconhecidos Vinnie Bilancio e Jeff Leroy, a história é bem simples:
Sarah Ragdale (a atriz Victoria De Mare) e seu namorado Jack (interpretado pelo produtor Vinnie...) estão acampando nas selvas da fictícia República de Canpuna, quando são atacados por um lobisomen, Jack é morto e Sarah mordida pelo bicho, mas com a ajuda de uma garrafa de vodka, a valente mocinha consegue atear fogo na criatura...
Ainda assim, Sarah é levada para uma prisão para criminosas insanas. O “renomado” estabelecimento correcional é dirigido pelo sádico Juan e sua assistente bissexual Rita. A dupla abusa das prisioneiras e coloca os filmes no site “Prison babes gone wild”. Por algum motivo obscuro, Sarah termina amiga de outra americana também detida em Canpuna sob falsas acusações, mas a situação piora rapidamente com a aproximação da próxima lua cheia, e as aparições de Jack como um fantasma avisando da maldição (recurso descaradamente copiado do clássico Um lobisomen americano em Londres – este sim um a filmaço!)
Enfim, a lua cheia chega e a prisão se transforma em um festival de membros e sangue voando...
Com um orçamento limitadíssimo, Werewolf in a women’s prison não pretende ser um vencedor do Oscar ou do Globo de ouro, o objetivo é simplesmente entreter com uma mistura de humor (muitas vezes involuntário), horror e sexo. Os efeitos especiais são bem produzidos e muitas vezes originais e a transformação de Sarah em lobisomem é o ponto alto dos efeitos. A escalação do elenco também merece um comentário, diferentemente dos Talavera Bruce da vida, todas as detentas são lindas e dispostas a ter as roupas rasgadas pelo lobisomem em nome da arte... os leitores do blog, com certeza, vão se interessar mais pelo filme que as leitoras...
Werewolf in a women’s prison é um filme que não se leva a sério e não somos nós que devemos levar, é diversão e sangue dentro de uma produção com todo o clima de um filme caseiro, as fotos do site oficial (http://www.wiawpmovie.com) mostram que o pessoal se divertiu para caramba fazendo este filme. E a capinha do dvd até que está legal...
O trailer/making of está aí para vocês conferirem:


quarta-feira, 9 de abril de 2008

Fucking Deutsche (atualizado)

Bom, galera, mil desculpas mas os alemães estão fora do ar, enquanto não arrumo uma solução melhor, fiquem com este playlist como quebra galho...

Me livrei dos alemães e do playlist, agora o Beco tem um night club decente com muito rock and roll.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Musik im Haus und Roboter auch

Antes de mais nada, como todos já devem ter notado (quem não notou, por favor, aumente o volume da sua máquina...) o Beco do Crime ganhou um night club, direto de Berlim com muito rock and roll para os meliantes. Traduzindo o título para aqueles que não são versados em alemão, música na casa e robo também!
E vamos ao que interessa, hoje o tema é desenho animado: The Iron Giant ou O Gigante de Ferro.
Muito antes de Os incríveis, ou Ratatouille, Brad Bird foi responsável por esta pequena obra-prima.
A trama do desenho faz alusão a guerra fria nos paranóicos anos 50. A história é a seguinte: Um robô gigante vindo do espaço, cai na Terra. Sem conseguir acessar sua programação original, o robô começa uma amizade com um menino, que termina por adotá-lo como seu “bichinho” de estimação.
Descobri este desenho por acaso. Num chuvoso sábado à tarde, depois de um farto almoço, zapeava indolentemente quando passei pelo Cartoon Network e a imagem me chamou a atenção. Um desenho extremamente bem acabado e diferente dos animes japonês ou os digitais da pixar ou dreamworks terminou por salvar meu dia e fiquei assistindo sem muito compromisso.
E que surpresa! O que estava na telinha era simplesmente um dos melhores desenhos que já assisti na vida. Sem aqueles números musicais da disney que terminam por encher o saco mais cedo ou mais tarde, sem a violência dos japoneses, com o humor na medida certa. Nada boçal demais para espantar os adultos ou muito “cabeça” para afugentar os pequenos.

O filme é de 1999 baseado em um livro de Ted Hughes, chamado The iron man, com roteiro do já mencionado Brad Bird, e um elenco de dubladores não muito conhecido (o nome mais famoso é o de Jenifer Aniston que na época era apenas uma das meninas de Friends) mostra personagens muito bem construídos e nada caricatos:
Hogarth Hughes (dublado por Eli Marienthal, nunca ouvi falar...): é o herói do filme, um garoto de 9 anos, com uma imaginação ativa, fica amigo do robô, e tenta a todo custo mantê-lo a salvo e escondido.
Annie Hughes (dublado por Jennifer Aniston): é a mãe de Hogarth, trabalha como garçonete na lanchonete local e tenta criar o filho sozinha da melhor maneira possível. Esta sempre a postos, esperando a próxima travessura de Hogarth
Dean McCoppin (dublado por Harry Connick Jr, conhecido crooner americano): é um artista, dono do ferro velho onde o robô se esconde, termina ficando amigo de Hogarth e do robô.
The Iron Giant (dublado por Vin Diesel, melhor atuação da carreira do careca): é um robô de 50 pés de altura, comedor de metal, com olhos que mudam de cor de acordo com o humor, meio que transfomers, com partes móveis que revelam um armamento pesado escondido pelo corpo. Se torna o herói e melhor amigo de Hogarth.
Kent Mansley (dublado por Christopher McDonald, quem?): é o ambicioso agente do governo encarregado de investigar as misteriosas aparições do robô, é o responsável por chamar os militares quando descobre provas irrefutáveis da existência do robô.
O robô passa a morar no ferro-velho de McCoppin, se alimentando de partes de carro e geladeiras velhas, e participando das brincadeiras de Hogarth. A dupla passa o filme inteiro tentando esconder o robô do restante dos moradores da cidade, mas hilários acidentes levam todos a crer que tem algo estranho acontecendo, até a chegada do agente Kent, que termina por descobrir a amizade de Hogarth e do Robô.
O final é um pouco chavão, com o exército tentando destruir o robô e a cidade ameaçada de ir para espaço, somente um grande sacrifício salva o dia... mas nem tudo é o que parece...
A animação mescla cenas geradas por computador e animação tradicional de forma brilhante. É praticamente impossível dizer onde termina uma e começa a outra. Tecnicamente o filme é perfeito, tem uma boa história, personagens cativantes, um excelente diretor.
A grande pergunta: é por que este filme não foi um sucesso? A única explicação para o fracasso comercial é que o estúdio responsável não quis investir no material que tinha em mãos... Algumas fontes dizem que a Warner preferiu investir em Pokémon, e lançou The Iron Giant sem a promoção necessária, ou que merecia, bom, neste caso, azar da Warner... e nosso, já que o fracasso comercial do filme no exterior, nos privou durante muito tempo deste tesouro. O bom é que graças ao sucesso dos outros filmes de Brad Bird, algumas cópias de The Iron Giant começaram a surgir por aqui, e o filme vira e mexe está passando no Cartoon.
Quem gosta de desenhos, não pode deixar de assistir, e quem não gosta também deve assistir, é uma chance abrir os horizontes com um material excepcional. O filme foi indicado ao The Hugo Awards, Brad Bird foi indicado pela the Science Fiction and Fantasy Writers of América para o Nebula Award nomination. E The Iron Giant ganhou nove Annie Awards sendo indicado para outras seis categorias e em 2008. Foi rankeado pelo IGN como a décima animação favorita do site. E aí está o trailer:

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Vampiros a solta

Bem, galera, o blog está com algumas novidades, logo novo, novo slideshow. A biblioteca continua firme e convido a todos a visitá-la. E muito obrigado! Já passou das 500 visitas. Deixando de lado o marketing, vamos a luta. O post desta vez é misto... um pouco de quadrinhos, um pouco de cinema... igual a pizza. Assisti ao filme 30 days of night semana passada, gostei bastante, mas achei que tinha alguma coisa diferente dos quadrinhos e então peguei a graphic novel para reler e estava certo...
Bem vindo a Barrow, o lugar mais ao norte do planeta, pequena cidade onde durante um mês do ano não há sol. Steve Niles e Ben Templesmith levam o terror ao Alasca. Durante os 30 dias sem sol, um grupo de vampiros resolve transformar Barrow em seu fast food particular. O ataque é bem planejado, os vampiros chegam em silêncio cortando as rotas de fuga e todo o tipo de comunicação com o resto do mundo. A horda pega todos os moradores de surpresa.
Muito menos badalada que a versão cinematográfica, a história em quadrinhos 30 dia de noite é simplesmente sensacional. Steve Niles apresenta personagens bem estruturados e um roteiro amarrado, onde os sobreviventes da primeira onda de ataque tentam sobreviver aos dentuços escondidos na velha fornalha da cidade.
A ajuda vem de forma inesperada, quando o grupo inicial de vampiros é confrontados por outros vampiros que não concordam com a invasão. O autor mostra os vampiros divididos, um grupo prefere agir nas sombras enquanto o grupo de Barrow se mostra ao mundo o que pode causar problemas a todos os vampiros no futuro.
Alem da briga entre os dois grupos, um misterioso personagem tem a intenção de expor todos os vampiros, fazendo vídeos e distribuindo-os pela internet. Este personagem tem uma importância maior no segundo livro, quando aparece uma organização que sabe da existência dos vampiros.
Os sobreviventes de Barrow depositam toda a sua fé no casal de policiais Eben e Stella Oleuman. Sob a liderança dos dois, o restante da cidade inicia uma guerrilha contras os vampiros, o nos leva um final inusitado para esta história.
Os desenhos de Ben Templesmith lembra Bill Sienkiewicz em Elektra: assassina, a arte é “suja” mas expressiva, com muitas surpresas escondidas pelos quadros. Perfeita para o clima claustrofóbico da história. (para os curiosos tem mais trabalho dele no site oficial: http://www.templesmith.com). Bill, inclusive, trabalha com Steve Niles em outra história da série.
Steve Niles e Ben Templesmith são parceiros habituais, os dois já trabalharam juntos em outros livros da série, como Dias sombrios, e Outros 30 dias noite – Retorno a Barrow, este universo criado pela dupla é imenso chegando até Rússia, pouco coisa saiu aqui no Brasil, o que é uma pena... O que tem publicado aqui vale a leitura.

Agora um pouco sobre o filme, Steve Niles participou do roteiro, o filme é dirigido por David Slade, do elogiado Meninamá.com, e conta Josh Hartnet e Melissa George nos papeis do casal policial, a produção é Sam Raimi, diretor dos três filmes do Homem Aranha e de Evil Dead.
Enquanto no filme, Eben e Stella estão separados (apenas um acidente a mantêm na cidade antes do começo dos 30 dias de noite) na graphic novel, os dois estão juntos. Os sobreviventes se escondem em um sótão e não da fornalha, e há somente um grupo de vampiros, o que na minha opinião é a diferença mais marcante. O confronto é um dos pontos altos da HQ e com isto o filme perde muitos pontos. De qualque maneira é um bom filme de horror, com sangue e com tudo que tem direito. Quem tiver a oportunidade de assistir não deve desperdiçar. Aí embaixo está o trailer.