
Lançando em 2003, Dissolução é o primeiro romance policial de Sansom e acompanha as aventuras do advogado Matthew Shardlake.
Até aí tudo igual e nenhuma novidade... O “troço” começa a ficar bom, quando descobrimos que a trama se passa no século XVI, em plena inglaterra reformista. E Shardlake é um dos homens de confiança de Thomas Cromwell.
Um rápido apêndice histórico para situar os fãs do Beco. Em 1533, Henrique VIII, da casa dos Tudors, se casa com Ana Bolena e rompe, definitivamente, com o papado. Nos anos seguintes, as relações com os católicos se tornariam cada vez mais conturbadas, culminando no Ato de Supremacia. A religião oficial passa a ser a anglicana, subordinada ao rei. A cruzada contra a Igreja Católica é liderada pelo temido Thomas Cromwell, vigário-geral e braço-direito do monarca. Uma de suas funções é dissolver as casas monásticas inglesas e distribuir as riquezas para os protegidos do rei, pelos lances mais altos. Dito isto vamos ao que interessa:
A trama do nosso livro se passa em 1537 e Henrique VIII já se autoproclamou Chefe Supremo da Igreja e transformou Cromwell no seu vigário-geral. O país está despertando para novas leis, julgamentos armados e manipulados e uma grande rede de dedo-duros e corruptos nunca vista. E seguindo as ordens de Cromwell, uma equipe de comissários é despachada por toda a Inglaterra para investigar os mosteiros e dissolvê-los!
Mas na costa de Sussex, no mosteiro de Scarnsea as coisas fogem “um pouco” de controle. O primeiro enviado do vigário é encontrado morto, com a cabeça decepada. Este macabro crime somado a sinistros atos de vandalismo e sacrilégio fazem Cromwell enviar Matthew Shardlake para o local.
Shardlake é conhecido como o corcunda mais esperto das cortes inglesas (é isto aí, nosso herói é um corcunda) e tem plenos poderes para investigar e tomar as medidas necessárias para resolver o problema de maneira rápida e discreta e sem chamar a atenção do rei...
O barato da história é a ambientação perfeita que C.J. Sansom apresenta aos leitores, o autor além de advogado, tem phD em história e entende do que fala. Além de uma atenção a detalhes e descrições realistas, Sansom cria um personagem complexo e apaixonante, Mathew Shardlake é uma mistura de Sherlock Holmes com Quasímodo e como narrador da história passa aos leitores todas as suas dúvidas e sua dor, tanto espiritual como física.
Dissolução é uma obra premiada, vencedora do Crime Writers' Association Dagger awards em 2003. A primeira vista a trama lembra muito o clássico O nome da rosa, de Umberto Eco, e alguns chegam a dizer que o livro é O nome da Rosa do ano 2000... Exagero?
Eu gostei. E muito! Aí embaixo, o fã do Beco pode comprar o livro (e os outros dois volumes - já li Fogo Negro e também gostei - com as aventuras de Shardlake) chegar a própria conclusão.
Até aí tudo igual e nenhuma novidade... O “troço” começa a ficar bom, quando descobrimos que a trama se passa no século XVI, em plena inglaterra reformista. E Shardlake é um dos homens de confiança de Thomas Cromwell.
Um rápido apêndice histórico para situar os fãs do Beco. Em 1533, Henrique VIII, da casa dos Tudors, se casa com Ana Bolena e rompe, definitivamente, com o papado. Nos anos seguintes, as relações com os católicos se tornariam cada vez mais conturbadas, culminando no Ato de Supremacia. A religião oficial passa a ser a anglicana, subordinada ao rei. A cruzada contra a Igreja Católica é liderada pelo temido Thomas Cromwell, vigário-geral e braço-direito do monarca. Uma de suas funções é dissolver as casas monásticas inglesas e distribuir as riquezas para os protegidos do rei, pelos lances mais altos. Dito isto vamos ao que interessa:
A trama do nosso livro se passa em 1537 e Henrique VIII já se autoproclamou Chefe Supremo da Igreja e transformou Cromwell no seu vigário-geral. O país está despertando para novas leis, julgamentos armados e manipulados e uma grande rede de dedo-duros e corruptos nunca vista. E seguindo as ordens de Cromwell, uma equipe de comissários é despachada por toda a Inglaterra para investigar os mosteiros e dissolvê-los!
Mas na costa de Sussex, no mosteiro de Scarnsea as coisas fogem “um pouco” de controle. O primeiro enviado do vigário é encontrado morto, com a cabeça decepada. Este macabro crime somado a sinistros atos de vandalismo e sacrilégio fazem Cromwell enviar Matthew Shardlake para o local.
Shardlake é conhecido como o corcunda mais esperto das cortes inglesas (é isto aí, nosso herói é um corcunda) e tem plenos poderes para investigar e tomar as medidas necessárias para resolver o problema de maneira rápida e discreta e sem chamar a atenção do rei...
O barato da história é a ambientação perfeita que C.J. Sansom apresenta aos leitores, o autor além de advogado, tem phD em história e entende do que fala. Além de uma atenção a detalhes e descrições realistas, Sansom cria um personagem complexo e apaixonante, Mathew Shardlake é uma mistura de Sherlock Holmes com Quasímodo e como narrador da história passa aos leitores todas as suas dúvidas e sua dor, tanto espiritual como física.
Dissolução é uma obra premiada, vencedora do Crime Writers' Association Dagger awards em 2003. A primeira vista a trama lembra muito o clássico O nome da rosa, de Umberto Eco, e alguns chegam a dizer que o livro é O nome da Rosa do ano 2000... Exagero?
Eu gostei. E muito! Aí embaixo, o fã do Beco pode comprar o livro (e os outros dois volumes - já li Fogo Negro e também gostei - com as aventuras de Shardlake) chegar a própria conclusão.