Já tem um tempo que não falo de quadrinhos, principalmente por que não tenho visto nada que me enchesse os olhos nas bancas. Mas olhando na estante aqui de casa, encontrei o exemplar de DMZ que ganhei no ano passado. Uma coletânea (em inglês) da primeira fase da série que hoje está saindo no Brasil em edições da Pixel Magazine (e para vocês morrerem de inveja, o meu exemplar tem dedicatória e autógrafo). A série DMZ é publicada pela Vertigo, braço da DC comics e é escrita por Brian Wood com desenhos do italiano Riccardo Burchielli. Graças ao atual clima de paranóia e os conflitos políticos que os Estados Unidos se meteram, DMZ mexe em algumas caixas de maribondos e prova que quadrinhos é capaz de provocar reflexões sem em nenhum momento deixar a ação de lado.
Mas vamos deixar a política para lá e vamos ao que interessa: o termo DMZ, título da série, significa Zona Desmilitarizada, e na história, refere-se à área de Manhattan num futuro próximo. Na série, os Estados Unidos da América se encontram divididos, desde o surgimento de um grupo rebelde denominado Exército Livre, que declarou guerra contra o estado nacional. A ilha de Manhattan foi devastada e tornou-se território neutro, ocupada apenas pelos poucos que não a abandonaram. (coitada de Manhattan, sempre sobra para ela...)
O personagem chave da série é o jovem Matt Roth, contratado como estagiário de uma grande rede de televisão, e designado para acompanhar um jornalista de renome, vencedor de Pulitzers. Entretanto, assim que chegam a Manhattan, a equipe de Matt é atacada, quase todos são mortos e o fotógrafo fica perdido na DMZ.
A narrativa é ágil e o tom da história não é pesado, apesar de estarmos no meio de uma guerra, há um certo comedimento em relação as cabeças explodindo, braços arrancados e sangue de uma maneira geral. Mérito para o italiano Burchielli que mostra que sabe dosar as emoções e desta forma consegue valorizar cada pedaço de corpo que aparece no resto da série. Há uma cena marcante, onde Matt visita um hospital improvisado onde estão as crianças vítimas dos combates que assolam a cidade, nestas páginas Burchielli mostra que é capaz de chocar sem apelar. Na minha opinião, uma das melhores seqüência dos quadrinhos atuais. A série está sendo bastante comentada lá fora, e já está fazendo o sucesso que merece aqui. Então para encurtarr, é leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos, elogiei bastante os desenhos de Bruchielli, mas os roteiros de Brian Wood, egresso do quadrinho independente norte-americano com vários Eisner nas costas (para quem está chegando agora, o Eisner é o correspondente ao Oscar nos quadrinhos), também são excelentes, até a parte que li da série, a história está muita bem amarrada e você tem certeza que Wood sabe para onde está levando seus personagens, o que já muito bom perto do que tenho visto acontecer na Marvel e DC... E mostra que toda a badalação em torno do seu nome antes de chegar uma grande editora era merecida.
Uma curiosidade: recentemente, um conhecido editor de quadrinhos foi barrado em um aeroporto, simplesmente por levar na mochila um exemplar da série. Foi considerado suspeito de terrorismo... Ô paizinho louco este tal de EUA..
O personagem chave da série é o jovem Matt Roth, contratado como estagiário de uma grande rede de televisão, e designado para acompanhar um jornalista de renome, vencedor de Pulitzers. Entretanto, assim que chegam a Manhattan, a equipe de Matt é atacada, quase todos são mortos e o fotógrafo fica perdido na DMZ.
A narrativa é ágil e o tom da história não é pesado, apesar de estarmos no meio de uma guerra, há um certo comedimento em relação as cabeças explodindo, braços arrancados e sangue de uma maneira geral. Mérito para o italiano Burchielli que mostra que sabe dosar as emoções e desta forma consegue valorizar cada pedaço de corpo que aparece no resto da série. Há uma cena marcante, onde Matt visita um hospital improvisado onde estão as crianças vítimas dos combates que assolam a cidade, nestas páginas Burchielli mostra que é capaz de chocar sem apelar. Na minha opinião, uma das melhores seqüência dos quadrinhos atuais. A série está sendo bastante comentada lá fora, e já está fazendo o sucesso que merece aqui. Então para encurtarr, é leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos, elogiei bastante os desenhos de Bruchielli, mas os roteiros de Brian Wood, egresso do quadrinho independente norte-americano com vários Eisner nas costas (para quem está chegando agora, o Eisner é o correspondente ao Oscar nos quadrinhos), também são excelentes, até a parte que li da série, a história está muita bem amarrada e você tem certeza que Wood sabe para onde está levando seus personagens, o que já muito bom perto do que tenho visto acontecer na Marvel e DC... E mostra que toda a badalação em torno do seu nome antes de chegar uma grande editora era merecida.
Uma curiosidade: recentemente, um conhecido editor de quadrinhos foi barrado em um aeroporto, simplesmente por levar na mochila um exemplar da série. Foi considerado suspeito de terrorismo... Ô paizinho louco este tal de EUA..
3 comentários:
credo, mas a revista veio de lá! coitado do editor :P Se eu for pra lá só vou levar pollyana na mochila então. hehehe
vou procurar para ler, valeu a dica! :D
Vou levar gibis da turma da Mônica na minha mochila e, ainda sim, corro risco de ter planos infalíveis para ser o dono da "lua"!! rsrsrs
Abs,
Rômulo.
Vocês dois estão lendo produtos extremamente subversivos... não tem jeito serão barrados também...
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