Esta semana resolvi investir em dois assuntos que há muito vinha querendo me aprofundar. Como disse no twitter (como?? Você não segue o geniodocrime? Não acredito, vai lá e dá um follow!) peguei Watchmen para assitir e comprei um encadernado de Y – The last man.
E como prometi as minhas impressões (e já estava mesmo na hora de um outro delito aqui no Beco) vou começar por Watchmen, já que ainda não li Y.
Primeiro, uma rápida recapitulação do que é Watchmen: Escrita pelo “louco” inglês Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, Watchmen é uma série de quadrinhos publicada DC Comics entre 1986 e 1987. Considerada um marco na evolução dos quadrinhos, a série introduziu abordagens e linguagens antes ligadas apenas aos quadrinhos mais alternativos, além de lidar com temática de orientação mais madura e menos superficial. O sucesso de crítica e de público que a série teve ajudou a popularizar o formato conhecido como graphic novel .
Watchmen foi, no contexto dos quadrinhos dos anos 80, junto com A Queda de Murdock e O cavalheiro das trevas (SENSACIONAL), de Frank Miller e Maus, de Art Spiegelman, – um dos responsáveis por despertar o interesse do público adulto para uma mídia considerada infanto-juvenil.
A série faturou inúmeros prêmios, entre estes destacam-se: os Prêmios Kirby e Eisner, além de uma menção especial no tradicional Prêmio Hugo, voltado à literatura fantástica e ficção-científica além de ser a única obra em quadrinhos presente na lista dos 100 melhores romances eleitos pela revista Time.
A trama se passa nos EUA de 1985, um país no qual justiceiros fantasiados são realidade. O país vive um momento delicado no contexto da Guerra Fria e está em vias de declarar uma guerra nuclear contra a União Soviética. A história envolve um grupo de super-heróis do passado e do presente e os eventos cercam o misterioso assassinato de um desses heróis. O grande barato desta obra é que Watchmen trata os super-heróis como indivíduos reais, que enfrentam problemas éticos e psicológicos comuns a todos nós, lutando contra suas neuroses e defeitos.
Lembrando sempre que todo o contexto de Watchmen fazia grande sentido dentro da época em que foi escrito. Ao tentar reler a obra recentemente, senti que muito do apelo tinha se perdido.
Dito isto, vamos ao filme... Desde do fim dos anos 80, se falava em transpor a obra de Moore e Gibbons para o cinema, grandes nome já estiveram associados ao projeto, inclusive muito se falou em Arnold Schwarzenegger como Doutor Manhattan, mas sempre foi dito que a série era “infilmável”.
Até que surgiu Zack Snider. Logo na estréia o diretor apresentou ao público Dawn of the dead e recriou os filmes de Zumbis, com seus morto-vivos frenéticos. A seguir, uma adaptação de quadrinhos, 300, baseado na obra de Frank Miller. E, como seu terceiro filme, veio a oportunidade de dirigir Watchmen.
Zack faz um filme tecnicamente perfeito. Música, efeitos, visual, escolha de elenco, tudo foi pensado, estudado e realizado com esmero, não há um porém nesta área, e o roteiro do filme segue a risca a história de papel, quem leu a obra, sabe o que vai acontecer a seguir e espera com ansiedade por isto. A sensação que o diretor passa, é que usou os quadrinhos originais como storyboard. (apesar da grande alteração no final e de algumas eliminações em todo do andamento da história). Então, qual o problema de Watchmen?
Acho que exatamente esta fidelidade total de Snider é o que prejudica o filme. Quando terminei o filme, fiquei com a impressão de que ainda faltava alguma coisa... Durante um certo tempo, você fica mesmerizado com o visual, mas depois que o efeito passa, é que se nota que a guerra fria já era... e muitas das críticas do filme ficaram velhas com o tempo. Faltou um pouco de ousadia na adaptação, existem tantas novas críticas que poderiam ser feitas hoje mas o diretor preferiu requentar um prato velho. Uma pena. Fiquei decepcionado, esperava mais, principalmente de Zack Snider, já que o Alan Moore eu sempre achei um chato mesmo...
Agora, é ler com calma Y, e torce para ter um retorno de parte do meu investimento!
E como prometi as minhas impressões (e já estava mesmo na hora de um outro delito aqui no Beco) vou começar por Watchmen, já que ainda não li Y.
Primeiro, uma rápida recapitulação do que é Watchmen: Escrita pelo “louco” inglês Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, Watchmen é uma série de quadrinhos publicada DC Comics entre 1986 e 1987. Considerada um marco na evolução dos quadrinhos, a série introduziu abordagens e linguagens antes ligadas apenas aos quadrinhos mais alternativos, além de lidar com temática de orientação mais madura e menos superficial. O sucesso de crítica e de público que a série teve ajudou a popularizar o formato conhecido como graphic novel .
Watchmen foi, no contexto dos quadrinhos dos anos 80, junto com A Queda de Murdock e O cavalheiro das trevas (SENSACIONAL), de Frank Miller e Maus, de Art Spiegelman, – um dos responsáveis por despertar o interesse do público adulto para uma mídia considerada infanto-juvenil.
A série faturou inúmeros prêmios, entre estes destacam-se: os Prêmios Kirby e Eisner, além de uma menção especial no tradicional Prêmio Hugo, voltado à literatura fantástica e ficção-científica além de ser a única obra em quadrinhos presente na lista dos 100 melhores romances eleitos pela revista Time.
A trama se passa nos EUA de 1985, um país no qual justiceiros fantasiados são realidade. O país vive um momento delicado no contexto da Guerra Fria e está em vias de declarar uma guerra nuclear contra a União Soviética. A história envolve um grupo de super-heróis do passado e do presente e os eventos cercam o misterioso assassinato de um desses heróis. O grande barato desta obra é que Watchmen trata os super-heróis como indivíduos reais, que enfrentam problemas éticos e psicológicos comuns a todos nós, lutando contra suas neuroses e defeitos.
Lembrando sempre que todo o contexto de Watchmen fazia grande sentido dentro da época em que foi escrito. Ao tentar reler a obra recentemente, senti que muito do apelo tinha se perdido.
Dito isto, vamos ao filme... Desde do fim dos anos 80, se falava em transpor a obra de Moore e Gibbons para o cinema, grandes nome já estiveram associados ao projeto, inclusive muito se falou em Arnold Schwarzenegger como Doutor Manhattan, mas sempre foi dito que a série era “infilmável”.
Até que surgiu Zack Snider. Logo na estréia o diretor apresentou ao público Dawn of the dead e recriou os filmes de Zumbis, com seus morto-vivos frenéticos. A seguir, uma adaptação de quadrinhos, 300, baseado na obra de Frank Miller. E, como seu terceiro filme, veio a oportunidade de dirigir Watchmen.
Zack faz um filme tecnicamente perfeito. Música, efeitos, visual, escolha de elenco, tudo foi pensado, estudado e realizado com esmero, não há um porém nesta área, e o roteiro do filme segue a risca a história de papel, quem leu a obra, sabe o que vai acontecer a seguir e espera com ansiedade por isto. A sensação que o diretor passa, é que usou os quadrinhos originais como storyboard. (apesar da grande alteração no final e de algumas eliminações em todo do andamento da história). Então, qual o problema de Watchmen?
Acho que exatamente esta fidelidade total de Snider é o que prejudica o filme. Quando terminei o filme, fiquei com a impressão de que ainda faltava alguma coisa... Durante um certo tempo, você fica mesmerizado com o visual, mas depois que o efeito passa, é que se nota que a guerra fria já era... e muitas das críticas do filme ficaram velhas com o tempo. Faltou um pouco de ousadia na adaptação, existem tantas novas críticas que poderiam ser feitas hoje mas o diretor preferiu requentar um prato velho. Uma pena. Fiquei decepcionado, esperava mais, principalmente de Zack Snider, já que o Alan Moore eu sempre achei um chato mesmo...
Agora, é ler com calma Y, e torce para ter um retorno de parte do meu investimento!
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