Outubro já era... Tantas coisas estão acontecendo que não estou tendo tempo para vir aqui no Beco do Crime fazer minha terapia. Mas, nem tudo está parado, continuo na ativa. E cometendo meus delitos aqui e ali. Desta vez, o delito é bem especial: em 2007, eu comecei uma pós-graduação, e logo no começo um dos meus novos amigos, sabendo que eu trabalhava numa editora, me trouxe um livro de um amigo para eu dar uma olhada e se fosse o caso apresentar as autoridades competentes.
Uma semana depois, uma das meninas da editora me chega com o mesmo livro, que recebera de uma outra fonte, para eu dar minha opinião. Não acredito em coincidências. E, resolvi meter a cara no troço.
Confesso que quando vi o volume, primeira obra de um autor desconhecido com mais de 500 páginas, achei um pouco presunçoso... mas já que o livro parecia me perseguir, resolvi dar uma chance. O delito de hoje é exatamente a resenha que foi apresentada a editora, que arrumando uns arquivos por aqui, achei enterrada no fundo de um HD externo.
A Batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr
Partindo de um evento bíblico, o autor cria uma trama cheia de ação e mistério, desde os tempos antigos da Babilônia até um futuro próximo. Tendo como fio condutor a eminente chegada do apocalipse, o livro conta a história de Ablon, um anjo que sobreviveu ao expurgo do céu, quando Lúcifer tombou e foi para o inferno e que hoje vive entre os humanos sem poder voltar ao céu, já que foi banido pelo arcanjo Miguel.
A história mostra a luta de Ablon para defender os humanos de Miguel, que com a ausência de Deus, assumiu o controle do céu e reina no paraíso com mão de ferro. Como um déspota, Miguel tenta a todo custa apressar o apocalipse para assim exterminar de uma vez a raça humana e governar sozinho toda a criação.
Na obra se encontram todos os tipos de anjos citados na bíblia, querubins, arcanjos, demônios e outras castas. Alguns nomes comuns para quem conhece um pouco de religião estão no livro, muitas vezes em papéis importantes, como o próprio Miguel, Gabriel, Lúcifer e Asmodeus, Orion, Belzebu e por aí vai.
A autor entra a fundo nos detalhes da guerra que se desenrola no plano espiritual entre os exércitos de Miguel e Lúcifer e todos os outros que são envolvidos no conflito, como Ablon e uma feticeira humana, Shamira, que conheceu na antiga babilônia.
Sem em nenhum momento tentar dar um cunho religioso ao seu trabalho, o autor usa toda esta temática religiosa para criar uma atmosfera diferente para contar a história do Anjo que vive entre nós. Com riqueza de detalhes, ele leva o leitor uma viagem por diferentes épocas de nossa história, muitas vezes passando por momentos conhecidos da história, como por exemplo o nascimento de Cristo e a queda da Babilônia.
A história é interessante e bem escrita apesar de em alguns momentos a riqueza de detalhes quebrar um pouco um ritmo e prejudicar o andamento da trama, gostei muito do livro. Todos as citações a anjos e demônios talvez sejam um pouco confuso para alguém que não tenha alguma bagagem religiosa, mas na minha opinião não atrapalham em nada. Como ponto negativo, acho que a riqueza de informações pode ser um problema, a cada momento que Ablon relembra suas agruras pela história, o autor descreve locais, hábitos da época, vestimentas e outros detalhes minuciosamente. Acho que estas informações devem ser confirmadas antes de serem passadas para os leitores como verídicas. Na realidade, o ponto forte do livro são estes detalhes, se forem reais o livro ganha muito, mas se tudo isto for “fabricado” pelo autor, acho que o livro perde grande parte do seu apelo.
Por razões que desconheço, o livro não emplacou lá. Eu saí, e depois de um tempo, comecei a minha própria editora, e tive a oportunidade de conhecer o Eduardo pessoalmente. Não conseguimos também trabalhar juntos, mas o livro, hoje, é um sucesso e o Eduardo, um amigo e exemplo de onde é possível chegar se você realmente quiser correr atrás.
A batalha do Apocalipse já teve várias capas, eu gosto da primeira, lá de cima, que depois voltou, adaptada na nova edição, revista, revisada e segundo o próprio Eduardo bem melhor que as anteriores! Mas, quem vai comprar agora (é só clicar na capa aí debaixo), não vai ter o prazer de encher para a boca para dizer: EU LI ANTES!!
e para explicar, o título do delito, nem sempre estar com faca e o queijo na mão é sinal de que você vai degustar o queijo... alguma vezes o queijo escapa...
Uma semana depois, uma das meninas da editora me chega com o mesmo livro, que recebera de uma outra fonte, para eu dar minha opinião. Não acredito em coincidências. E, resolvi meter a cara no troço.
Confesso que quando vi o volume, primeira obra de um autor desconhecido com mais de 500 páginas, achei um pouco presunçoso... mas já que o livro parecia me perseguir, resolvi dar uma chance. O delito de hoje é exatamente a resenha que foi apresentada a editora, que arrumando uns arquivos por aqui, achei enterrada no fundo de um HD externo.
A Batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr
Partindo de um evento bíblico, o autor cria uma trama cheia de ação e mistério, desde os tempos antigos da Babilônia até um futuro próximo. Tendo como fio condutor a eminente chegada do apocalipse, o livro conta a história de Ablon, um anjo que sobreviveu ao expurgo do céu, quando Lúcifer tombou e foi para o inferno e que hoje vive entre os humanos sem poder voltar ao céu, já que foi banido pelo arcanjo Miguel.
A história mostra a luta de Ablon para defender os humanos de Miguel, que com a ausência de Deus, assumiu o controle do céu e reina no paraíso com mão de ferro. Como um déspota, Miguel tenta a todo custa apressar o apocalipse para assim exterminar de uma vez a raça humana e governar sozinho toda a criação.
Na obra se encontram todos os tipos de anjos citados na bíblia, querubins, arcanjos, demônios e outras castas. Alguns nomes comuns para quem conhece um pouco de religião estão no livro, muitas vezes em papéis importantes, como o próprio Miguel, Gabriel, Lúcifer e Asmodeus, Orion, Belzebu e por aí vai.
A autor entra a fundo nos detalhes da guerra que se desenrola no plano espiritual entre os exércitos de Miguel e Lúcifer e todos os outros que são envolvidos no conflito, como Ablon e uma feticeira humana, Shamira, que conheceu na antiga babilônia.
Sem em nenhum momento tentar dar um cunho religioso ao seu trabalho, o autor usa toda esta temática religiosa para criar uma atmosfera diferente para contar a história do Anjo que vive entre nós. Com riqueza de detalhes, ele leva o leitor uma viagem por diferentes épocas de nossa história, muitas vezes passando por momentos conhecidos da história, como por exemplo o nascimento de Cristo e a queda da Babilônia.
A história é interessante e bem escrita apesar de em alguns momentos a riqueza de detalhes quebrar um pouco um ritmo e prejudicar o andamento da trama, gostei muito do livro. Todos as citações a anjos e demônios talvez sejam um pouco confuso para alguém que não tenha alguma bagagem religiosa, mas na minha opinião não atrapalham em nada. Como ponto negativo, acho que a riqueza de informações pode ser um problema, a cada momento que Ablon relembra suas agruras pela história, o autor descreve locais, hábitos da época, vestimentas e outros detalhes minuciosamente. Acho que estas informações devem ser confirmadas antes de serem passadas para os leitores como verídicas. Na realidade, o ponto forte do livro são estes detalhes, se forem reais o livro ganha muito, mas se tudo isto for “fabricado” pelo autor, acho que o livro perde grande parte do seu apelo.
Por razões que desconheço, o livro não emplacou lá. Eu saí, e depois de um tempo, comecei a minha própria editora, e tive a oportunidade de conhecer o Eduardo pessoalmente. Não conseguimos também trabalhar juntos, mas o livro, hoje, é um sucesso e o Eduardo, um amigo e exemplo de onde é possível chegar se você realmente quiser correr atrás.
A batalha do Apocalipse já teve várias capas, eu gosto da primeira, lá de cima, que depois voltou, adaptada na nova edição, revista, revisada e segundo o próprio Eduardo bem melhor que as anteriores! Mas, quem vai comprar agora (é só clicar na capa aí debaixo), não vai ter o prazer de encher para a boca para dizer: EU LI ANTES!!
e para explicar, o título do delito, nem sempre estar com faca e o queijo na mão é sinal de que você vai degustar o queijo... alguma vezes o queijo escapa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário