Acabou a copa! Para quem gosta de futebol vai ser difícil ficar sem jogo, mas para quem gosta de bom futebol, é um alívio ficar livre de todas estas peladas vendidas como grandes jogos. Porém não é para isto que estamos aqui! Aqui é o Beco do Crime e é hora de mais um delito. E aproveitando a onda, vamos falar de vampiros... Já falei da Stephenie Meyer aqui, então desta vez não vou falar mal dela (e nem bem do Stephen King).
Com o novo filme dos vampiros cheios de hormônios chegando no cinema, nova temporada de True Blood e algumas outras coisas de vampiros que andei lendo e vendo, fiquei com uma pulga atrás da orelha.
A bola da vez é o diretor e produtor mexicano Guillermo Del Toro que resolveu se arriscar na literatura. O aclamado diretor de O labirinto do Fauno se junta ao premiado escritor norte americano Chuck Hogan para criar um livro de vampiro diferente de tudo que você já leu. E até que ponto isto é bom? Ou será que é ruim?
O livro se chama Noturno, título bem ruinzinho em português, já o original The Strain - A infestação, numa tradução livre tem mais a ver com a obra. E a história começa quando um avião proveniente de Berlim apaga na pista após um pouso perfeito no aeroporto de Nova York, a equipe de terra desconfia que algo muito grave está acontecendo. Mas eles não tinham idéia de quanto.
A partir do momento que as equipes de emergência conseguem entrar no avião, um moderno jato, completamente “morto” para o mundo, Del Toro e Hogan começam a sua mágica. Logo, o leitor é apresentado ao doutor Ephraim Goodweather e sua equipe, o projeto Canário, membros do CDC (Center for Disease Control/Centro de Controle de Doenças) e incumbidos de descobrir o que aconteceu ao fatídico vôo.
Com exceção de 4 pessoas, o restante dos passageiros e tripulantes estão mortos, e com todo o sangue drenado do corpo. Apesar dos esforços de Ephraim para manter os sobreviventes em quarentena, eles são liberados no meio da população. E em seguida, os corpos da tragédia desaparecem. Logo o médico descobre algo que vai contra tudo que estudou. Quando é abordado pelo ancião Abraham Setrakian e o termo vampiro aparece, o doutor tem que rever seus conceitos.
As vítimas do vôo estão infectadas por um vírus desconhecido e mesmo os considerados mortos estão se reerguendo e partindo em busca de novas vítimas e alimento. E Ephraim e seus aliados descobrem que estão enfrentando muito mais que corpos que voltam a vida. Os seres que estão enfrentando em nada lembram o glamour e elegância dos vampiros tradicionais.
Os vampiros de Del Toro e Hogan são vítimas de uma doença, muito mais próximos da realidade que seus pares místicos. E mais assustadores. São seres que perdem o contato com o seu mundo, podem ter sido um pai ou irmão, mãe ou avó, ou apenas alguém próximo. Não escolhem vítimas, assim como o vírus que os infecta, qualquer um é um alvo e a disseminação é aleatória e crescente.
E este é o grande problema do livro e a minha pulga do começo do delito. Apesar de Noturno manter um ritmo crescente até o clímax e se mostrar uma obra muito bem pensada e estruturada que provoca a espera do segundo livro da trilogia. É muito difícil, pelo menos para mim, ver o livro como um livro de vampiro.
Já tem um tempo que li o livro, e apesar de ter gostado muito, inclusive já falei dele aqui no Beco em outro delito, não consigo tratá-lo como obra “vampírica”. Depois de muito pensar, acho que devo considerar Noturno muito mais um livro de ficção científica mais próximo de Vampiros do espaço de Colin Wilson do que o Drácula de Bram Stoker. Confiram o trailer americano do livro:
Vampiros não tem que ser emos como os Stephanie Meyer (foi mal, não resisti) ou metrossexuais como os de Anne Rice, mas também não podem ser um resfriado ou alergia, caramba! Del Toro e Hogan até tentam solucionar isto com um paciente zero, mas não é a mesma coisa... Estacas de madeira, crucifixos, alhos e caixões fazem falta. Muita falta! Mas também não impedem de curtir o livro e esperar o segundo volume e o filme, já que o mexicano não dá ponto sem nó!
Os comentados do delito, como vocês já sabem estão aí embaixo direto do Submarino para quem quiser conferir .
Com o novo filme dos vampiros cheios de hormônios chegando no cinema, nova temporada de True Blood e algumas outras coisas de vampiros que andei lendo e vendo, fiquei com uma pulga atrás da orelha.
A bola da vez é o diretor e produtor mexicano Guillermo Del Toro que resolveu se arriscar na literatura. O aclamado diretor de O labirinto do Fauno se junta ao premiado escritor norte americano Chuck Hogan para criar um livro de vampiro diferente de tudo que você já leu. E até que ponto isto é bom? Ou será que é ruim?
O livro se chama Noturno, título bem ruinzinho em português, já o original The Strain - A infestação, numa tradução livre tem mais a ver com a obra. E a história começa quando um avião proveniente de Berlim apaga na pista após um pouso perfeito no aeroporto de Nova York, a equipe de terra desconfia que algo muito grave está acontecendo. Mas eles não tinham idéia de quanto.
A partir do momento que as equipes de emergência conseguem entrar no avião, um moderno jato, completamente “morto” para o mundo, Del Toro e Hogan começam a sua mágica. Logo, o leitor é apresentado ao doutor Ephraim Goodweather e sua equipe, o projeto Canário, membros do CDC (Center for Disease Control/Centro de Controle de Doenças) e incumbidos de descobrir o que aconteceu ao fatídico vôo.
Com exceção de 4 pessoas, o restante dos passageiros e tripulantes estão mortos, e com todo o sangue drenado do corpo. Apesar dos esforços de Ephraim para manter os sobreviventes em quarentena, eles são liberados no meio da população. E em seguida, os corpos da tragédia desaparecem. Logo o médico descobre algo que vai contra tudo que estudou. Quando é abordado pelo ancião Abraham Setrakian e o termo vampiro aparece, o doutor tem que rever seus conceitos.
As vítimas do vôo estão infectadas por um vírus desconhecido e mesmo os considerados mortos estão se reerguendo e partindo em busca de novas vítimas e alimento. E Ephraim e seus aliados descobrem que estão enfrentando muito mais que corpos que voltam a vida. Os seres que estão enfrentando em nada lembram o glamour e elegância dos vampiros tradicionais.
Os vampiros de Del Toro e Hogan são vítimas de uma doença, muito mais próximos da realidade que seus pares místicos. E mais assustadores. São seres que perdem o contato com o seu mundo, podem ter sido um pai ou irmão, mãe ou avó, ou apenas alguém próximo. Não escolhem vítimas, assim como o vírus que os infecta, qualquer um é um alvo e a disseminação é aleatória e crescente.
E este é o grande problema do livro e a minha pulga do começo do delito. Apesar de Noturno manter um ritmo crescente até o clímax e se mostrar uma obra muito bem pensada e estruturada que provoca a espera do segundo livro da trilogia. É muito difícil, pelo menos para mim, ver o livro como um livro de vampiro.
Já tem um tempo que li o livro, e apesar de ter gostado muito, inclusive já falei dele aqui no Beco em outro delito, não consigo tratá-lo como obra “vampírica”. Depois de muito pensar, acho que devo considerar Noturno muito mais um livro de ficção científica mais próximo de Vampiros do espaço de Colin Wilson do que o Drácula de Bram Stoker. Confiram o trailer americano do livro:
Vampiros não tem que ser emos como os Stephanie Meyer (foi mal, não resisti) ou metrossexuais como os de Anne Rice, mas também não podem ser um resfriado ou alergia, caramba! Del Toro e Hogan até tentam solucionar isto com um paciente zero, mas não é a mesma coisa... Estacas de madeira, crucifixos, alhos e caixões fazem falta. Muita falta! Mas também não impedem de curtir o livro e esperar o segundo volume e o filme, já que o mexicano não dá ponto sem nó!
Os comentados do delito, como vocês já sabem estão aí embaixo direto do Submarino para quem quiser conferir .
4 comentários:
Estou lendo esse livro no momento, posto mais assim que acabar, mas estou gostando.
Estou lendo esse livro no momento, posto mais assim que acabar, mas estou gostando.
O livro é legal. A dúvida é se pode ser considerado um livro de vampiro...
Lee, saiu o nº 2 da série do Del Toro, confira no site da editora, não brigue comigo pois a capa é original e você sabe como são essas coisas além de que as vezes a gente nem pode dar pitacos na capa.
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